Introdução: A doença celíaca (DC) é uma enfermidade autoimune que se caracteriza por ser um processo inflamatório na parede do intestino delgado, o que leva à atrofia das vilosidades intestinais e diminuição da absorção de nutrientes. Tais alterações colaboram para o surgimento de anemias. Objetivo: Esse estudo tem como intuito avaliar a relação nutricional de pacientes com doença celíaca ao desenvolvimento de anemia ferropriva. Método: O presente estudo é do tipo Revisão Bibliográfica Explorativa. Foram revisados artigos publicados em inglês e português, entre o período de 2011 a 2021, na base de dados PubMed, que utilizavam os descritores (DeCS/MeSH) de busca ‘‘Celiac disease, and Gluten, and Anemia’’. Esta pesquisa encontrou 118 artigos, todavia, apenas os 5 mais recentes foram selecionados. Isso se deve ao fato de possuírem informações atualizadas e dialogarem melhor com o momento contemporâneo. Resultado: Diante disso, foi possível analisar em um estudo avaliados a alimentação de 24 indivíduos com DC. Foi elaborada uma dieta sem glúten para que seguissem durante 5 dias. Observou-se que, a dieta sem glúten colabora para a deficiência calórica em 36%, mesmo com o seguimento da dieta esses 24 pacientes tiveram uma ingesta muito baixa de nutrientes como cálcio (565,65-347,41mg), zinco (7,11-2,41mg), ferro (7,622,05mg), magnésio (223,41-73,84 mg), potássio (2848,67-1132,07 mg), vitamina D (1,34-1,28 mg) e E (5,05-2,32 mg) e tiamina (0,87- 0,38 mg). Destarte, conclui-se que a anemia ferropriva é comum em pacientes com DC, sendo este um achado único em até 40% dos indivíduos celíacos. Conclusão: Desse modo, fica evidente que a atrofia das vilosidades intestinais prejudica a absorção de nutrientes, dentre eles o ferro, corroborando para o surgimento da anemia por sua carência.
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