Introdução: Os pesticidas organofosforados (OP) são produtos químicos amplamente utilizados nas produções agrícolas. Devido a isso, os trabalhadores rurais são expostos diariamente a esses compostos. E consequentemente essa exposição exacerbada tem sido associada a alterações neuronais. Objetivo: Esse estudo tem como intuito revisar os efeitos neuropsicológicos da exposição excessiva a pesticidas organofosforados em trabalhadores agrícolas. Método: O presente estudo é do tipo revisão bibliográfica explorativa. Foram revisados artigos publicados em inglês, entre o período de 2011 a 2021, na base de dados PubMed, que utilizavam os descritores (DeCS/MeSH) de busca ‘‘organophosphates, and pesticides, and neurotoxicity syndromes’’. Esta pesquisa encontrou 22 artigos, todavia, apenas os 5 mais recentes foram selecionados. Isso se deve ao fato de possuírem informações atualizadas e dialogarem melhor com o momento contemporâneo. Resultado: Diante disso, 15 estudos, usando biomarcadores, avaliaram a relação entre a exposição a pesticidas OP e o desempenho neuropsicológico em trabalhadores. Nove, dentre os 15, encontraram uma relação entre o aumento do contato a pesticidas OP e o baixo desempenho em alguma área do funcionamento neuropsicológico. As funções cognitivas com pior desempenho corresponderam à velocidade motora, coordenação, memória e atenção. Além disso, estudos que avaliaram por meio de questionários, com base na ocupação agrícola e anos de exposição a pesticidas OP, sugerem que há alterações e dificuldades cognitivas que afetam a saúde do trabalhador. Ademais, outra pesquisa avaliou a condição ambiental e descobriram que a maior exposição a esses insumos foi associada a pior memória visual e de trabalho. Conclusão: Desse modo, fica evidente que a exposição excessiva dos trabalhadores agrícolas aos pesticidas organofosforados, causam alterações neuropsicológicas, como alterações motoras, cognitivas, de memória e atenção.
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