INTRODUÇÃO: O luto envolve a vivência da morte em vida e se relaciona com a compreensão do falecer como fenômeno natural. Porém, o luto parental contraria o pressuposto da morte dos filhos posterior aos pais. Nesse sentido, a espiritualidade abre possibilidades para enfrentar o luto, facilitando esse processo. OBJETIVO: Este trabalho se propõe a compreender o papel da espiritualidade diante da aceitação e do enfrentamento do luto por parte de pais que sofreram a perda de seus filhos. MÉTODOS: Foi efetuada uma revisão bibliográfica com base em informações fornecidas por artigos científicos do banco de dados do Google Scholar e Scientific Eletronic Library Online (SciELO) datados no período de 2015 a 2020, totalizando 6 publicações desse intervalo temporal. Os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) foram aplicados na pesquisa: luto; espiritualidade; morte. RESULTADO: A morte de um filho é considerada uma perda violenta, anti-natural e traumática, uma experiência complexa e dolorosa que culmina em sentimento de culpa e fragmentação da identidade parental. Esse sofrimento parece levar a busca pela espiritualidade no sentido de trazer respostas que consolem, confortem e amenizem a dor do enlutado. A espiritualidade emerge como uma estratégia de enfrentamento e de resiliência perante ao luto, ao atribuir novos significados às vivências e um sentimento de conexão a um propósito maior. Essa estratégia social é capaz de tornar essa experiência mais branda, através de respostas que trazem esperança e um sentido além do humano. Apesar do sofrimento, torna-se possível fomentar a vontade de readaptar-se à nova realidade sem ignorar a perda do filho. CONCLUSÃO: A espiritualidade pode ser utilizada como estratégia de apoio no luto uma vez que influencia na aceitação da perda, fornecendo consolo aos pais enlutados. Assim, cabe aos profissionais de saúde abordar a dimensão espiritual como forma de encorajar a ressignificação da experiência e lidar com o luto.
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