INTRODUÇÃO:
A Sífilis é uma infecção bacteriana de transmissão majoritariamente por contato sexual. Já a Sífilis Congênita (SC) ocorre devido à transmissão do Treponema pallidum por via hematogênica da gestante infectada para o concepto através da placenta ou por contato direto com a lesão durante o parto.
OBJETIVO:
Analisar a epidemiologia da Sífilis congênita e as possíveis causas para o aumento gradual de casos relatados em menores de um ano no período de 2013 a 2018 no Brasil.
MÉTODO:
Estudo transversal elaborado a partir dos dados disponíveis no DATASUS/TABNET, cujos dados foram comparados com Manuais de 2010 a 2020.
RESULTADOS:
Entre 2013 e 2018, 122.337 casos de SC foram diagnosticados em crianças menores de um ano, sendo que apenas os últimos dois anos correspondem a 41,7% de todos os casos. Devido ao seu diagnóstico fácil pelo VDRL e seu tratamento eficiente pela penicilina, acredita-se que a não realização do pré-natal ou a realização de um pré-natal inadequado, associado à elevação nos números de testes, sejam fatores responsáveis pelo constante aumento de casos. Nesse contexto, 79,7% dessas mães relataram ter feito pré-natal, enquanto apenas 14,6% não fizeram, evidenciando o pré-natal inadequado como um dos problemas de maior impacto. Em relação aos parceiros sexuais das mães testadas, apenas 16% realizaram tratamento para sífilis, colaborando para a re-infecção materna.
CONCLUSÃO:
Ressalta-se a importância de medidas para conscientizar profissionais de saúde e a população em geral acerca da gravidade da Sífilis Congênita, do pré-natal adequado e da adesão ao tratamento para sua prevenção, visando a interrupção do crescimento gradual de casos de Sífilis Congênita no Brasil.
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