INTRODUÇÃO: Acidentes por queimaduras vêm aumentando com o ritmo de vida urbano acelerado. Neste contexto, algumas desvantagens dos atuais agentes terapêuticos convencionais fomentam continuamente a busca por novas terapias, entre elas, o uso da tilápia como curativo biológico. OBJETIVO: Este trabalho visa avaliar os benefícios da pele de tilápia como curativo biológico no manejo das feridas de pacientes queimados. MÉTODO: Foi realizada uma revisão da literatura por meio da base de dados eletrônicos Pubmed, utilizando-se os seguintes descritores: "queimaduras (burns); ciclídeos (cichlids); curativos biológicos (biological dressings)". Foram incluídos artigos completos, publicados nos últimos 10 anos, nos idiomas português e inglês. RESULTADOS: O tratamento tópico do paciente queimado envolve principalmente limpeza, desbridamento e criação de um ambiente úmido para estimular o processo de cicatrização, e uma boa cobertura deve contemplar essas características. Diante disso, foi proposta a utilização de curativos biológicos à base de peptídeos de colágeno da pele da tilápia para o manejo de queimaduras de segundo e terceiro graus. Os estudos publicados são concordantes quanto aos benefícios da pele da tilápia no estímulo à proliferação celular e quanto a suas ações antibacteriana e antioxidante. Ademais, demonstra ser uma cobertura de baixo custo, o que tem grande importância na realidade do Sistema Único de Saúde, possibilidade de permanência nas feridas por até dez dias, fácil remoção e ausência de eventos adversos documentados. CONCLUSÃO: Dessarte, o uso da pele de tilápia como curativo biológico no tratamento de queimaduras demonstra muitos benefícios. Porém, há mecanismos moleculares envolvidos ainda não elucidados e que justificariam outros estudos para possibilitar a implementação nos grandes Centros de Tratamento de Queimaduras.
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