INTRODUÇÃO: O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo que afeta múltiplos órgãos e sistemas. As alterações neuropsiquiátricas aparecem em 14 a 75% dos portadores de LES, e estão associadas a maior morbidade e redução da qualidade de vida desses pacientes.
OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo analisar as manifestações neurológicas e psiquiátricas do Lúpus Eritematoso Sistêmico.
MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica com base na literatura médica e nos artigos científicos indexados no Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), BVS-Brasil e PubMed. Os descritores utilizados na identificação dos artigos foram: Lúpus Eritematoso Sistêmico; Manifestações Neurológicas; Sistema nervoso.
RESULTADOS: O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença de caráter autoimune e etiologia multifatorial. Caracteriza-se por períodos de exacerbações e remissões das manifestações clínicas, que podem ser constitucionais, como mal-estar, fadiga e febre, ou específicas, dependendo dos órgãos envolvidos. No sistema nervoso, as manifestações podem se dividir em eventos primários (danos imunomediados no sistema nervoso central) e secundários (repercussão da doença em outros órgãos ou complicações terapêuticas). Dentre essas manifestações estão a síndrome cerebral orgânica, psicose, depressão, déficit cognitivo, acidentes vasculares encefálicos, neuropatias periféricas, mielite transversa e convulsões.
CONCLUSÃO: Os fatores psicossociais e de adaptação à doença têm uma grande importância nessas perturbações. Possivelmente alguns doentes desenvolvem sintomas depressivos e de ansiedade primariamente por causa orgânica ou como resposta de adaptação à doença crônica ou ainda secundariamente à corticoterapia.
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