Avaliação dos Casos de Sífilis Congênita e Gestacional e a Qualidade da Assistência Pré-natal em uma Cidade do Sudoeste Goiano

  • Autor
  • Pedro Hamilton Guimarães Leite
  • Co-autores
  • Giovana Rocha Queiroz , Bruno Borges Ferreira Gomes
  • Resumo
  • Introdução:

    A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível mundialmente conhecida e uma importante causa de morbimortalidade, principalmente nos contextos gestacional e perinatal. Apesar da sua importância clínica e epidemiológica, muitas vezes o diagnóstico e tratamento da doença são negligenciados.

    Objetivos:

    Analisar e descrever o perfil epidemiológico da Sífilis Congênita e da Sífilis Gestacional no município de Jataí - Goiás, no período entre 2010 e 2020, com base no momento dos diagnósticos, realização de pré-natal e situação de tratamento da gestante.

    Metodologia:

    Trata-se de um estudo descritivo, realizado a partir de dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e disponíveis no Departamento de Informática do SUS (DATASUS), sobre sífilis gestacional e congênita no município de Jataí-GO, tendo em vista os anos de 2010 a 2020. A seleção das informações ocorreu por meio dos filtros do próprio sistema. Como abrangência geográfica foi selecionado o estado de Goiás e o município de Jataí como local de notificação dos casos e, posteriormente, as seleções consistiram em analisar a época de diagnostico dos casos, realização ou não de pré-natal e a situação de tratamento da gestante.

    Resultados:

    Entre os anos de 2010 e 2020 foram confirmados 221 casos de Sífilis gestacional (SG) e 82 de Sífilis congênita (SC). O ano de 2018 foi o de maior incidência para SG e SC, correspondendo a 18% e 22%, respectivamente. A maioria dos casos de SG, 43%, foi diagnosticada no segundo trimestre de gestação. Para a SC, 97,6% dos casos foram diagnosticados em crianças com menos de 7 dias de nascimento. Tanto para os casos de SG quanto para SC, a idade materna de maior incidência ao diagnóstico foi a de 20 a 29 anos, correspondendo a 54,8% e 61%, respectivamente. Dos casos que evoluíram para SC, 95% das gestantes haviam realizado o pré-natal. Entretanto, o tratamento foi considerado inadequado em 81% das vezes e adequado em apenas 1,2%, de acordo com o esquema preconizado pelo Ministério da Saúde.

    Conclusão:

    O aumento do número de casos de SG e SC revela uma boa prática de triagem pré-natal. Entretanto, fica evidente que há falhas na prevenção e adesão do tratamento para a doença, sendo necessária a adoção de novas estratégias que aumentem a efetividade da assistência pré-natal prestada.

  • Palavras-chave
  • Palavras-chave: Sífilis, Sífilis Congênita, Gravidez, Doenças Sexualmente Transmissíveis, Saúde Materno-Infantil.
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