INTRODUÇÃO: O uso da analgesia epidural durante o trabalho de parto é uma das modalidades anestésicas mais eficazes para o alívio da dor. No entanto, esse procedimento pode cursar com alterações na mecânica do parto, aumento da duração do segundo estágio e maior necessidade de parto instrumental. OBJETIVO: Descrever as implicações do uso da analgesia epidural durante o trabalho de parto. MÉTODO: Trata-se de uma revisão de literatura, utilizando as bases de dados PubMed e BVS, com o uso dos Descritores em Ciências da Saúde (DECS) da seguinte forma: “epidural analgesia” AND “labor”, com o filtro temporal dos anos de 2016 a 2021, tendo como critério de inclusão serem artigos disponíveis na íntegra. Os critérios de exclusão foram publicações duplicadas e trabalhos que não contemplavam a temática. RESULTADOS: Um estudo com 400 parturientes, mostrou uma duração média do TP de parto significativamente maior no grupo em uso de analgesia epidural (676 minutos), em comparação ao grupo que não utilizou (514 minutos), no entanto, sem efeitos nos resultados materno-fetais. Outra pesquisa observou uma maior velocidade no início da dilatação cervical e na descida fetal, porém com um progresso mais lento do parto. Nesse contexto, algumas evidências indicam que a analgesia neuroaxial no início do TP não aumentou a taxa de parto cesáreo e promoveu melhor controle da dor, enquanto outras afirmam que o uso da analgesia deve ser preferencialmente instalado após atingidos 3 a 6 cm de dilatação. CONCLUSÃO: A administração da analgesia epidural prolonga o tempo do trabalho de parto, porém não traz efeitos adversos no seguimento do parto e nos desfechos materno-fetais. Dessa forma, as parturientes devem ser devidamente informadas sobre essas implicações para melhor tomada de decisão.
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