Introdução: Maus-tratos é toda ação ou omissão de caráter intencional que resulte em dano, físico e/ou emocional. O Estatuto da Criança e do Adolescente sinaliza a importância dos profissionais que atendem à crianças serem capazes de reconhecer sinais de maus-tratos. Objetivo: Identificar na literatura as habilidades necessárias ao enfermeiro para o reconhecimento de sinais de maus-tratos em crianças durante o atendimento à saúde. Método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura com abordagem qualitativa, realizada no primeiro trimestre de 2021 utilizando artigos no idioma português, escritos por enfermeiros e dispostos na base de dados Google Acadêmico, no período de 2017 a 2020; e que traziam em seus títulos as palavras: Crianças; Maus-tratos; Violência; Enfermagem. Também foi utilizado o documento oficial ECA. Após a aplicação dos critérios de inclusão e das leituras exploratórias e analíticas foram selecionados 05 artigos, os quais possuíam visões distintas a respeito da temática abordada “Habilidades necessárias para o reconhecimento de sinais de maus-tratos durante o atendimento de enfermagem.” Resultados: A escuta atenciosa é uma ferramenta para a identificação de situações de abuso à infância. Na anamnese e exame físico, fatos como: relatos discordantes e incongruentes, medos, hematomas variados e sinais de fraturas precisam ser investigados. Nestes casos o preenchimento da notificação e a comunicação ao conselho tutelar deve ser imediato para averiguação e investigação. O número inadequado de profissionais no atendimento a criança acarreta acúmulo de tarefas, ocasionando uma menor eficácia na detecção de vítimas que necessitam de um olhar clinico atencioso. A capacitação e a atualização na temática é levantado como instrumento necessário para a redução de falhas no processo de notificação bem como na instituição precoce de medidas de proteção. Conclusão: O preparo da equipe de enfermagem através de capacitações e o estímulo à iniciativas que promovam a detecção precoce dos sinais de abuso e proteção à infância devem ser estimulados como estratégias para a redução da incidência de maus tratos.
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