Uso de Biomarcadores no Diagnóstico Precoce da Doença de Alzheimer
Introdução: A Doença de Alzheimer (DA) é uma patologia neurodegenerativa caracterizada por acúmulo de placas amiloides, além de emaranhados neurofibrilares. Clinicamente, ocorre declínio cognitivo progressivo, frequentemente associado à idade. Objetivo: Analisar em produções científicas a importância do uso de biomarcadores no diagnóstico precoce da Doença de Alzheimer. Método: Caracterizou-se por ser uma revisão bibliográfica da literatura mediante a leitura e análise de artigos científicos indexados nas plataformas eletrônicas de dados SciELO e PubMed. Os estudos incluídos compreenderam o período entre 2019 a 2021. Resenhas e artigos de opinião foram excluídos do estudo. Resultados: A concentração da isoforma de 42 aminoácidos de ?-amilóide (A?42) pode ser medida no líquido cefalorraquidiano (LCR), quando está diminuída na DA indica comprometimento cognitivo leve. Outro biomarcador de lesão neuronal é a proteína tau / tau fosforilada. Quando A? e as proteínas tau são medidas positivamente, a probabilidade de desenvolvimento da doença aumenta. O VCAM-1 (marcador inflamatório no líquor) está relacionado aos estágios precoces da patogênese da DA, não apenas como preditor do declínio cognitivo mas também como potencial alvo de novas terapias. Recentemente foi observado que a concentração de neurogranina no LCR está aumentada na DA, mas não em outras doenças neurodegenerativas sendo o biomarcador mais bem estabelecido para perda de sinapses ou disfunção associada. Conclusão: Conclui-se que o uso dos biomarcadores que já estão disponíveis para uso clínico e os que estão em fase de pesquisa se mostram promissores para fornecer de maneira inicial e menos invasiva o diagnóstico precoce e mais preciso, visando a melhora da qualidade de vida do paciente.
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