INTRODUÇÃO: A Ritalina, nome comercial do metilfenidato, é um psicotrópico utilizado para o tratamento do transtorno de déficit de atenção com hiperatividade. Atualmente, devido aos seus efeitos estimulantes, verifica-se um crescimento exponencial no consumo dessa droga para melhora da performance intelectual. OBJETIVO: Analisar quais são os efeitos colaterais associados a utilização indevida do medicamento metilfenidato, tendo como escopo a população juvenil. MÉTODO: Trata-se de uma revisão da literatura, realizada por meio de uma pesquisa nas plataformas Biblioteca Virtual de Saúde e Scientific Electronic Library Online, nas quais foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DECS): ‘‘Drug Misuse’’ e ‘‘Methylphenidate’’. Foram empregados como critérios de inclusão: estudos que abordassem os efeitos atrelados ao uso indevido da Ritalina; publicações nos idiomas português, inglês e francês; disponibilidade dos textos completos; pesquisas datadas de 2016 a 2021. Como critérios de exclusão foram impostos os seguintes filtros: trabalhos em duplicidade no site, incompatibilidade do texto com a temática principal e objetivos do estudo. RESULTADOS: O uso sem orientação de dosagens altas e constantes do medicamento supracitado pode trazer comumente efeitos adversos: insônia, cefaleia, tontura, crises nervosas, irritabilidade, alteração de humor, perda de apetite, espasmos musculares, hipertensão e taquicardia. Os efeitos menos frequentes e mais graves são: modificações hormonais relacionadas ao crescimento, alterações cardíacas como arritmia e parada cardíaca, anorexia, psicose e comportamento violento. Somado a isso, em razão dos seus efeitos na regulação dos níveis de dopamina e noradrenalina, a utilização prolongada do fármaco pode causar dependência química e psicológica, necessitando de doses cada vez maiores e levando o indivíduo, em casos extremos, a um quadro clínico de overdose. CONCLUSÃO: A utilização de metilfenidato sem prescrição e acompanhamento médico apropriado mostra-se perigoso, tendo em vista a diversidade dos efeitos colaterais causados em pacientes que não necessitam de seu uso, uma vez que buscam apenas um aumento de desempenho, sem real acometimento patológico.