INTRODUÇÃO: A avaliação do ganho de peso gestacional é um dos principais indicadores de saúde na gestação, visto que o ganho de peso insuficiente ou excessivo está fortemente associado a desfechos negativos ao binômino mãe-filho, levando a retenção de peso pós-parto, prematuridade, baixo peso ao nascer ou macrossomia fetal. OBJETIVO: O presente estudo objetivou avaliar o ganho de peso de gestantes usuárias da rede pública de Maceió, Alagoas. MÉTODO: Estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (parecer nº2.814.845), realizado no ano de 2019, na rede pública de saúde do município de Maceió. As gestantes foram submetidas a aplicação de questionário padronizado contendo dados socioeconômicos e dados antropométricos (peso pré-gestacional, altura e peso atual). O ganho de peso foi avaliado segundo recomendações do Instituto Americano de Medicina (2009) considerando a idade gestacional no momento da entrevista. As análises estatísticas foram realizadas com o auxílio do pacote estatístico SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 20.0. Os dados foram expressos por meio de médias, frequências e desvio-padrão. RESULTADOS: Foram estudadas 100 gestantes, com idade cronológica média de 24,74 ± 6,35 anos (25,0% adolescentes e 8,0% com idade cronológica ? 35 anos) e média de idade gestacional de 29,02 ± 3,66 semanas. Da totalidade, 25,3% referiram renda familiar mensal < 1 salário mínimo (renda média de 1.440,71 ± 1029,32 reais) e 34,0% trabalhavam fora do lar. As gestantes possuíam média de ganho de peso de 9,33 ± 5,00 Kg. Quanto a avaliação de ganho de peso, 53% delas ganhou peso de forma insuficiente, 28% adequado e 19% excessivo. CONCLUSÃO: A maioria das gestantes apresentou ganho de peso inadequado. Ressalta-se a importância da avaliação nutricional durante o pré-natal, objetivando subsidiar a previsão e a orientação adequadas do ganho de peso até o final da gestação, evitando assim desfechos perinatais adversos.
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