INTRODUÇÃO Os territórios de saúde são definidos por meio da rede de serviços ofertados pelo Estado. Assim, surge a necessidade de se analisar os modos como esse conceito se relaciona com a condução de ações governamentais. No contexto da Covid-19, emergem desafios aos gestores, usuários e governantes. OBJETIVO Busca-se problematizar a dinâmica dos territórios de saúde – e dos Determinantes Sociais em Saúde (DSS) - no contexto da relação saúde-doença, no Brasil, durante a crise causada pela Covid-19. A intenção é sensibilizar estudantes e profissionais sobre a importância dos DSS a partir da pandemia. MÉTODOS Foram utilizados, como suporte para a problematização, referencial teórico relativo aos temas abordados, documentos e protocolos oficiais e, ainda, enunciados que compõem artefatos jornalísticos e midiáticos. Tais materiais serviram de embasamento para análise discursiva, tendo em vista seus conteúdos. RESULTADOS Os DSS afetam os estilos de vida da população e a qualidade dos ambientes que influenciam e refletem condições de saúde de diferentes territórios. Podem ser vistos a partir dos índices de Educação, Empregabilidade e Renda, Saneamento Básico, entre outros. Pode-se pensar que determinados territórios ou grupos populacionais, apresentam desvantagens pelas estruturas de saúde e/ou de ambientes precários, e, principalmente, em função de poucas oportunidades de desenvolvimento humano. Assim, entende-se que territorialidades nacionais podem ser mais ou menos afetadas pela doença, tendo em vista a qualidade de vida em cada parcela espacial. As iniquidades produzidas histórica e territorialmente transformaram os DSS em grandes obstáculos para a diminuição das infecções e mortes durante a pandemia. CONCLUSÃO O Brasil precisa ser entendido como um país de contrastes, no limite, de iniquidades. Destaca-se que as estratégias de enfrentamento da doença, realizadas em outros países, ao serem aplicadas no território brasileiro, resultam, em muitos casos, em índices inesperados.