INTRODUÇÃO:
Há evidências acumuladas de uma relação entre COVID-19 e anosmia. A disfunção olfatória (DO) pós-infecciosa / pós viral pode ser causada por diferentes tipos de Rinovírus (RVs) assim como o SARS-CoV-2. A fisiopatologia exata da causa da anosmia na infecção por COVID-19 é ainda desconhecido.
OBJETIVO:
Evidenciar a relação da Anosmia com COVID-19, tendo em vista que este é um sintoma cada vez mais comum e inicial nos pacientes portadores do vírus SARS-CoV-2.
MÉTODO:
Revisão de literatura fundamentada nas bases de dados PubMed, com os descritores “COVID-19”, “Anosmia” e “Disfunção olfatória”. Foram selecionados cinco artigos publicados nos anos de 2020 e 2021, na língua inglesa e portuguesa.
RESULTADOS:
A anosmia em pacientes com COVID-19 tem como característica o início súbito sem quaisquer outros sintomas ou concomitante a sintomas leves como tosse seca, sendo, portanto, um importante marcador para o diagnóstico da COVID-19 principalmente em assintomáticos. A maior parte dos pacientes podem apresentar DO sem doença nasossinusal distinguindo a DO relacionada ao COVID-19 de outras DO pós viral. Estudos mostram, associação frequente de anosmia com disgeusia em 19,4% a 88% dos casos. Organizações de saúde estabeleceram, portanto, anosmia em suas diretrizes de diagnóstico de COVID-19. Relatos recentes sugerem anormalidade do bulbo olfatório com pacientes que persistem anósmicos após infecção por COVID-19, sendo um fator que precisa ser estudado para melhor compreensão do mecanismo de lesão.
CONCLUSÃO:
Entende-se que estudos aprofundados são necessários para elucidar a patogênese da COVID-19 com a DO, sendo ainda prematuro afirmar a fisiopatologia da Anosmia com a COVID-19. É valido uma atenção a anosmia permitindo o isolamento precoce de pacientes contaminados, reduzindo a transmissão da doença.
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