INTRODUÇÃO: A pandemia da COVID-19 tem trazido grandes impactos na rotina, socialização e desenvolvimento das crianças com TEA. Resultado do isolamento social e do fechamento das escolas, houve redução nas atividades escolares e nas terapias, exigindo que fosse reorganizada toda a rotina dessas crianças. OBJETIVO: Refletir sobre os prejuízos sociais e pedagógicos consequentes da redução dos contextos interativos das crianças com TEA, em consequência do confinamento pela pandemia da COVID-19. MÉTODO: Foi realizada uma revisão da literatura, no mês de maio de 2021, com busca ativa de artigos científicos nas bases de dados Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google acadêmico, utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Crianças”, “Transtorno do espectro autista”, “Pandemia”. Foram empregados como critérios de inclusão: trabalhos publicados nos idiomas português, espanhol e inglês, entre os anos de 2020 e 2021, e disponibilidade de textos completos. Os critérios de exclusão foram: artigos com acesso restrito, em outros idiomas que não os supracitados; e inadequação do texto ao tema e objetivo propostos. RESULTADOS: A partir da análise dos artigos, verifica-se que crianças com TEA, em atenção às suas peculiaridades, necessitam de convívio e interação social para favorecer o desenvolvimento. O ensino e atendimento remotos são de difícil aceitação por estas crianças, portanto, as famílias estão tendo que reorganizar a rotina, gerando consequências no comportamento e adaptação delas. Inúmeras são as situações de sofrimento geradas em consequência desse isolamento social, como: estresse, ansiedade, transtornos de sono e comportamentos agressivos. Em meio ao cenário atual de pandemia e com a necessidade de medidas de isolamento social, as relações interpessoais, a socialização e as terapias vêm sendo prejudicadas, comprometendo o desenvolvimento sócio, emocional e pedagógico dessas crianças. CONCLUSÃO: A pandemia limitou o acompanhamento escolar e terapêutico, interferindo de forma significativa no desenvolvimento e apreensão da nova rotina, sendo necessárias estratégias metodológicas para amenizar déficits causados pelo isolamento.
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