INTRODUÇÃO:
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é caracterizada por bloquear o fluxo de ar e a respiração, podendo causar lesões irreversíveis aos pulmões. Com o surgimento do vírus SARS-COV-2, a realidade dos pacientes, com DPOC, foi alterada, uma vez que podem ter maior chance de mortalidade.
OBJETIVO:
Identificar na literatura científica evidências sobre a influência do tabaco na contaminação pelo COVID-19 e a relação entre pacientes com DPOC e o agravamento pela infeção do COVID-19.
MÉTODO:
Revisão sistemática da literatura, com busca de artigos nas bases de dados: MEDLINE e LILACS. Foram incluídos estudos publicados, em português ou inglês, nos últimos 5 anos, identificados com os descritores: “DPOC” e “COVID-19”. Dos 45 artigos encontrados, 39 foram excluídos por não abordarem o tema proposto. Após leitura dos textos completos, seis artigos foram incluídos nesta revisão.
RESULTADOS:
Segundo a OMS, os usuários de tabaco podem estar em maior risco de infecções, por COVID-19, pois implica contato repetitivo e compartilhamento de boquilhas e piteiras, o que poderia facilitar a contaminação pelo vírus. É conhecido que pacientes, com DPOC, são propensos a exacerbações virais. Porém, informações sobre a incidência de COVID-19, em pacientes com DPOC, são escassas. Na Coréia, a DPOC é fator de risco independente para mortalidade, em pacientes com COVID-19. Evidências atuais mostram que pacientes, com DPOC, têm expressão pulmonar aumentada de ACE2, fornecendo um mecanismo pelo qual estes pacientes podem ser mais suscetíveis à COVID-19. Em Hong Kong, o número de admissões com exacerbação aguda por DPOC foi menor no primeiro trimestre de 2020, em comparação com 2015 a 2019.
CONCLUSÃO:
Conclui-se que pacientes, com DPOC, possuem tanto maior mortalidade ao adquirirem a COVID-19, devido à exacerbação viral da doença pulmonar obstrutiva crônica, quanto maior susceptibilidade para adquirir o vírus SARS-COV-2, pela expressão pulmonar aumentada de ACE2.
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