INTRODUÇÃO:
A infecção pelo novo coronavírus pode ter vários agravos, dentre eles o acidente vascular cerebral (AVC). O AVC acontece quando há uma interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro, causando manifestações neurológicas graves. Nesse contexto, é importante entender a associação entre esses males.
OBJETIVO:
Revisar os fatores de risco de AVC em pacientes infectados por COVID-19.
MÉTODO:
Trata-se de uma revisão de literatura. Foram usados os descritores "Hemorrhagic Stroke" e "COVID-19” nas seguintes bases de dados: Google Scholar, Pubmed e SciELO, nos anos de 2020 e 2021. Foram selecionados artigos científicos em português e inglês com o critério de inclusão a abordagem sobre a temática do estudo, ou seja, pacientes com COVID-19 que desenvolveram AVC e como critério de exclusão os que não associavam AVC e COVID-19, bem como os que abordavam apenas a neurocirurgia.
RESULTADOS:
Foram identificados 15 artigos e 11 preencheram os critérios de inclusão sendo revisados. Apesar dos riscos de desenvolver AVC em pacientes com COVID-19 serem modestos, causam maiores complicações quando acontecem por conta da demora na identificação e condução do paciente. É importante salientar que não é necessário que ele esteja numa condição respiratória desfavorável para sofrer um AVC. Assim, foi constatado que são fatores de risco os mecanismos fisiopatológicos envolvidos na lesão endotelial e inflamação, as quais associadas aos níveis elevados de dímero D e anticorpos antifosfolipídios resultam em coagulopatias que podem gerar um AVC isquêmico ou mesmo um AVC hemorrágico.
CONCLUSÃO:
Há evidências de que a COVID-19 pode levar a um AVC mediante a sua possível ação desencadeadora inflamatória e de coagulopatia pró-trombótica. O manejo inadequado do paciente, como retardo no atendimento, pode intensificar o quadro.
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