Introdução: A Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) é uma doença inflamatória crônica articular, que pode acometer outros órgãos, e geralmente atinge mais a população feminina antes dos 17 anos. O estudo acerca do manejo terapêutico é relevante, visto que, recentemente, novas terapias entraram em vigor.
Objetivo: Abordar o manejo terapêutico da AIJ e as atualizações quanto ao tratamento.
Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura integrativa qualitativa, com intuito descritivo de estudos nacionais e internacionais das bases de dados: PubMed, Scielo, Dynamed e BVS, realizada em maio de 2021. A fórmula de busca utilizada incluiu os descritores: “Artrite juvenil idiopática” OR “Artrite crônica juvenil” OR “Manejo de caso” encontrados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), em consonância com os operadores booleanos “OR” e “AND”. A aplicação da fórmula gerou 5.000 artigos na língua inglesa, portuguesa e espanhola nos últimos 5 anos. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, restaram 89 artigos, e dentre eles, 6 artigos indexados foram selecionados para compor essa revisão.
Resultados: A inflamação e a heterogeneidade dos subtipos dificultam o manejo e a qualidade de vida das pessoas com AIJ. A abordagem visa a remissão clínica e deve ser multidisciplinar. Os subtipos partilham como objetivo o controle da inflamação e da dor, preservar a função, prevenir sequelas e permitir o crescimento e desenvolvimento normais. Atualizações no tratamento não recomendam o uso de anti-inflamatórios não esteroides. Foi evidenciada redução da dor e aumento do trofismo e força muscular com a hidrocinesioterapia. O uso de triancinolona hexacetonida para injeções intra-articulares de glicocorticóides mostra-se como melhor opção na oligoarticular. O metotrexato é recomendado como tratamento e biológicos do tipo anti-TNF podem ser associados para os quadros graves e resistentes melhorando a atividade da doença.
Conclusão: A atualização no manejo da AIJ é fundamental. Avanços na pesquisa de biomarcadores dos subtipos da doença, nas técnicas de imagem, na pesquisa de expressão gênica fornecem diagnóstico mais precoce, melhora o monitoramento da doença e facilita tratamentos personalizados, gerando melhores resultados.
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