Introdução:
A fibrilação atrial é a arritmia cardíaca mais prevalente, a qual apresenta o tipo idiopática definida pela ausência de doenças secundárias que garantem substrato para sua evolução. Esse tipo apresenta incidência de até 30%, tornando-se relevante a determinação do seu aspecto de morbimortalidade.
Objetivo:
Caracterizar a morbimortalidade advinda da fibrilação atrial idiopática, conforme o número de internação, número de acidente tromboembólico e número de óbitos.
Método:
Trata-se de uma revisão de literatura sistemática de cunho descritivo e quantitativo realizada entre os meses de fevereiro e abril de 2021. A base de dados bibliográficos é advinda do PebMed, Scielo e ScienceDirect, selecionando artigos através das seguintes variáveis: amostragem das pesquisas, publicações entre o período de 2010 e 2020 e o fator de impacto. O estudo compreende variáveis quantitativas discretas: número de internação, número de acidente tromboembólico e número de óbitos. A análise dos dados coletados fora realizada através de estatística descritiva por meio de tabela de frequência e representação gráfica pelo gráfico de barras.
Resultados:
A amostragem da pesquisa apresentou 482 pacientes, evidenciando 294 com episódio paroxístico e 188 com quadro persistente. Nesse contexto, pode-se referir que 61% da amostra apresentaram quadro benigno, sem a realização de medidas terapêuticas, internações ou complicações associadas. Uma vez que o episódio paroxístico é definido pela duração menor que uma semana com reversão de ritmo sinusal de forma espontânea. Contudo, o quadro persistente é evidenciado pela arritmia que dura mais que uma semana ou quando necessita de intervenção para resolução. Sendo assim, o restante da amostragem fora composto por 39%, constando 53 hospitalizações, 12 acidentes tromboembólicos e 3 óbitos. Com isso, obteve-se uma taxa de 10% de hospitalização, 2% de acidente tromboembólico e 0,6% de óbitos.
Conclusão:
Portanto, nota-se que a fibrilação atrial idiopática apresenta melhor prognóstico no tipo paroxística. A maior morbimortalidade no tipo persistente ratifica o conceito que o aspecto idiopático pode ser um evento precoce de doença cardíaca estrutural, resultando maior necessidade de acompanhamento.
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