Introdução
A doença cardiovascular (DCV) configura principal causa de mortalidade em adultos no Brasil, sobretudo a cardiopatia isquêmica, sob a forma de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), promotor de alta morbidade e severos impactos ao sistema de saúde se não tratado imediata e adequadamente.
Objetivo
Destacar o efeito gerado pelo IAM sobre os gastos dos serviços hospitalares e os óbitos de 2017 a 2021 e a importância de políticas de prevenção primária e secundária de DCV, para a redução de fatores de risco, da morbimortalidade e do impacto econômico desta condição tão frequente.
Método
Trata-se de um estudo transversal, exploratório e de abordagem quantitativa. A amostra correspondeu aos registros de morbidade hospitalar por IAM de março de 2017 a março de 2021 por região do Brasil, segundo o banco de dados de domínio público, DATASUS – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), Ministério da Saúde, Brasil. Foram incluídas como variáveis: valor dos serviços hospitalares; número de internações; óbitos; taxa de mortalidade. A análise dos dados se deu através de estatística descritiva com frequência absoluta e relativa, estratificada por região e por ano de atendimento.
Resultados
O gasto com IAM nos serviços hospitalares de março de 2017 a março 2021 foi de R$1.660.626.648, para 506.507 internações. A região Sudeste deteve 48,8% do gasto, seguida da região Sul (23,4%), Nordeste (17,2%), Centro-Oeste (7,6%) e Norte (2,8%). Apesar de estar em terceiro lugar nos gastos hospitalares, o Nordeste obteve o segundo maior número de internações (98.770), ficando atrás apenas do Sudeste (249.988). O total de óbitos por IAM no período foi de 50.758. Detectou-se a manutenção deste número no período e redução em março de 2021: 10.861 óbitos em 2017; em 2018, 12.494; em 2019, 12.887; em 2020, 12.400; em 2021, 1998. O maior percentual de óbitos foi no Sudeste (48%), seguido pelo Nordeste (22,4%) e Sul (18,2%). A maior taxa de mortalidade foi do Nordeste (11,5) e do Norte (11,2).
Conclusão
As DCV subtraem financeira e socialmente do país e devem ser combatidas com políticas de prevenção cardiovascular primária e secundária visando os fatores de risco hipertensão, dislipidemia, obesidade, sedentarismo, tabagismo, diabetes e assim evitar a ocorrência de IAM, os altos custos e os óbitos.
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