INTRODUÇÃO: Uma alimentação adequada e saudável, composta principalmente de alimentos in natura e minimamente processados, promove benefícios à saúde do binômio mãe-filho. Estudos apontam que o consumo de ultraprocessados por gestantes, pode trazer desfechos negativos ao binômio de curto à longo prazo. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi avaliar o consumo de alimentos ultraprocessados por gestantes atendidas na rede pública de saúde de Maceió-AL. MÉTODO: Estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (nº 2.814.845), realizado em 2019, com gestantes atendidas na rede pública de saúde de Maceió-AL. Aplicou-se questionário padronizado contendo dados socioeconômicos e dietéticos - avaliado a partir de questionário de frequência alimentar validado e específico para gestantes do nordeste. Os alimentos ultraprocessados classificados segundo classificação NOVA de alimentos, tiveram seu valor calórico obtido com o auxílio do sistema de avaliação e prescrição nutricional (Avanutri 4.0®). A análise estatística foi realizada com o auxílio do pacote estatístico SPSS 20.0. Os resultados foram expressos em frequências, médias e desvio-padrão. RESULTADOS: Foram avaliadas 100 gestantes, com idade média de 24,74±6,35 anos e média de idade gestacional de 29,02±3,66 semanas. Do total, 25,3% possuíam renda familiar mensal <1 salário mínimo (1.440,71±1029,32) e 34,0% trabalhavam fora do lar. O consumo calórico diário médio foi de 5095,09±2414,17 kcal, sendo que 31,11% do total de calorias (1585,47±1149,11 kcal) foram atribuídas ao consumo de alimentos ultraprocessados. Os alimentos que apresentaram maiores médias de consumo diário foram: biscoitos doces/recheados (159,01±290,75 kcal), bolachas salgadas (148,59±247,17 kcal), macarrão instantâneo (112,81±325,80 kcal), bebidas lácteas adoçadas (103,57±169,89 kcal), margarina (92,73±166,12 kcal) sorvete/picolé/flau (82,12±218,05 kcal) e embutidos (21,17±59,32 kcal). CONCLUSÃO: O consumo de ultraprocessados representou contribuiu com grande parte da ingestão calórica das gestantes. É importante que se faça um acompanhamento nutricional a nível de pré-natal, visto que a ingestão destes alimentos é prejudicial na gestação e é passível de ajustes.
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