INTRODUÇÃO:
O papel do anestesiologista é fundamental no controle da infecção pelo SARS-CoV-2 e, por manipularem vias aéreas, estes estão mais expostos à COVID-19. Por isso, é necessário definir metodologias para evitar a contaminação e manipulações desnecessárias em procedimentos de controle como a intubação.
OBJETIVO:
O objetivo é evidenciar a importância do anestesiologista atuante na linha de frente da COVID-19 quanto ao manejo da intubação, que é uma técnica de controle de via aérea, demonstrando os diversos cuidados necessários para evitar a contaminação antes, durante e após o procedimento.
MÉTODO:
Foi realizada uma revisão de literatura baseada em artigos encontrados nas bases SciELO e PubMed, utilizando os seguintes descritores “Infecções por Coronavirus”, “Infecções” e “Intubação” presentes na classificação dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Foram selecionados 5 artigos dentre 116 disponíveis na SciELO e 6, dentre os 139 disponíveis na PubMed. Durante a seleção pela base PubMed, utilizou-se como filtro somente artigos disponíveis na íntegra. Todos os artigos selecionados tiveram como critério a publicação entre os anos de 2020 e 2021.
RESULTADOS:
O anestesiologista, ao realizar intubação orotraqueal (IOT), está exposto a COVID-19 e, por isso, precisa de uma metodologia para o manejo. Previamente, não são recomendadas a IOT com o paciente acordado nem a atomização das vias aéreas. Para o procedimento deve-se utilizar EPIs, vasopressor e cristaloides, posicionar os extensores de circuito, realizar a pré-oxigenação, pôr o paciente em plano profundo e com bloqueio neuromuscular. Em sequência rápida, deve-se intubar. Aconselha-se o uso de lidocaína venosa antes da extubação e, após, o de antieméticos. O transporte, se preciso, é em ventilação com circuito fechado e a anestesia, também se necessária, é regional com máscara cirúrgica, evitando ventilação com bolsa-válvula-máscara. Por fim, a aspiração da orofaringe é por aspirador rígido.
CONCLUSÃO:
Por meio desta revisão, torna-se evidente a importância do anestesiologista no controle da disseminação do SARS-CoV-2, visto que para o manejo da intubação orotraqueal em paciente com COVID-19, é necessária uma metodologia que evite manipulações desnecessárias, vômito, tosse e formação de aerossóis.
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