INTRODUÇÃO: A raiva é uma doença letal e endêmica no Brasil. É ocasionada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae. A contaminação se dá através da saliva do animal infectado, através de mordidas, arranhões. O paciente apresenta como quadro clínico: irritabilidade, anorexia e cefaleia. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico por região de internação por Raiva (CID10- A82) no Brasil no período de 2010 a 2020. MÉTODO: O estudo se caracteriza como ecológico descritivo, de série temporal, onde foi realizada a coleta de dados no Sistema de Informações de Saúde (TABNET), pela consulta da base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS. A análise epidemiológica foi baseada na Morbidade Hospitalar do SUS por local de internação no período de outubro de 2010 a outubro de 2020, através da comparação entre números de casos segundo sexo, faixa-etária de 20 a 59 anos. RESULTADOS: Na análise feita neste período, foram confirmados 241 casos de raiva, sendo que (45,23%) são mulheres e (54,77%) são homens, logo há uma prevalência do gênero masculino. Além disso, a região que prevaleceu os números de internações foi a região Nordeste que obteve (53,11%) casos, logo após a região Sul com (21,58%) casos, em seguida a região Sudeste com (19,1%) casos, por conseguinte a região Norte com (3,32%) casos e por fim a região Centro-Oeste que apresentou (2,9%) casos com menor índice de internações. Já em relação à faixa etária, a de maior prevalência foi de 30 a 39 com (30,3%) casos, em seguida a de 40 a 49 anos com (24,5%) casos, logo após de 20 a 29 anos com (24,5%) casos também e por fim de 50 a 59 anos com (20,75%) casos sendo essa a faixa etária menos acometida. CONCLUSÃO: A raiva é um problema de saúde pública. Ademais, a região que apresentou o maior número de internações foi o Nordeste. Sendo assim, é notório a necessidade de medidas profiláticas, como o uso da vacina pós-exposição, higienizar a região da mordida, arranhão, para o combate à raiva humana.
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