INTRODUÇÃO:
A Rinosporidiose da conjuntiva é uma infecção rara. O agente etiológico é o Rhinosporidium seebe. Apresenta-se com morfologia diversa, lesões elevadas e polipoides, com característica de inflamação não-granulomatosa. Em raros episódios pode apresentar ectasia escleral concomitante.
OBJETIVO:
Elucidar as manifestação clínicas, o diagnóstico e o tratamento da Rinosporidiose da conjuntiva.
MÉTODO:
Trata- se de uma revisão integrativa nas bases de dados SciELO e PubMed, nas quais foram encontrados vinte artigos na língua portuguesa e inglesa, e, desses, selecionados doze, publicados de 2002 a 2018. A pesquisa foi realizada a partir da busca de termos como ‘’rinosporidiose’’, ‘’infecção’’, ‘’pólipo’’, ‘’conjuntiva’’. Os critérios de inclusão foram artigos que tratam sobre o acometimento ocular na rinosporidiose e o de exclusão foram publicações com mais de 20 anos.
RESULTADOS:
Na rinosporidiose, a conjuntiva e o saco lacrimal são os locais principais de acometimento. Apresenta ligação com a água, visto que a maioria dos contaminados relatam banho em açudes, lagoa ou rios. O diagnóstico diferencial das lesões polipóides da conjuntiva inclui granuloma piogênico, epiteliomas, papilomas, angiomas, angiofibromas, paracoccidioidomicose, criptococose e aspergilose. O exame na lâmpada de fenda facilita o diagnóstico devido à morfologia típica das lesões. Já o histopatológico se caracteriza pela presença de esporângios, em diferentes estágios de maturação e tamanhos, contendo endósporos. O tratamento de escolha é a excisão cirúrgica. O uso da Dapsona 100mg parece reduzir a taxa de recidivas por atrasar a maturação dos esporos e promover fibrose das lesões.
CONCLUSÃO:
A Rinosporidiose da conjuntiva é uma doença rara. A morfologia da lesão é bastante típica e facilmente diagnosticada ao exame biomicrocópico desde que, o médico assistente, esteja familiarizado com o diagnóstico. Além disso, tratamento normalmente é cirúrgico apresentando baixas taxas de recidiva..
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