INTRODUÇÃO:
A composição muscular apresenta evidente relevância no prognóstico de câncer. Nesse sentido, pacientes com a patologia associada a mioesteatose, excesso de depósito de adiposidade no tecido muscular, tiveram uma evolução diferenciada do tumor em relação àqueles com a composição normal.
OBJETIVO:
Este estudo tem como objetivo revisar a literatura sistematicamente, apresentando as principais evidências científicas acerca da possível relação entre mioesteatose e prognóstico de pacientes com câncer.
MÉTODO:
Esta é uma revisão sistemática da literatura, baseada no método PRISMA com síntese de evidências científicas. Fundamentada na pergunta norteadora “existe relação entre mioesteatose e prognóstico de pacientes com câncer?”. A seleção dos artigos para revisão foi realizada no MEDLINE, EMBASE, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Web of Science e SciELO, usando os seguintes descritores: Adiposidade, Progressão da doença, Neoplasias e Prognóstico, sendo selecionados os artigos publicados de 2016-2021. Cada artigo e suas respectivas referências foram obtidos na íntegra e analisados.
RESULTADOS:
Os estudos analisados chegaram aos resultados de que a maioria daqueles com a mioesteatose respondem de forma diferente a quimioterapia, tendo maior toxicidade ao tratamento, maior risco de mortalidade e complicações pós-operatórias graves. Além disso, observaram uma inflamação sistêmica, anemia e piora da ureia sanguínea basal. Encontraram que pacientes com mioesteatose e com carcinoma ginecológico, renal, periampular / pancreático, hepatocelular, gastroesofágico e colorretal e linfomas, geralmente apresentam pior prognóstico do que os demais cânceres. Em vista disso, torna-se necessário o acompanhamento da mioesteatose de forma contínua em pacientes com neoplasias, a qual poderá ser feita com facilidade através da tomografia.
CONCLUSÃO:
Dessa forma, pacientes com câncer e que possuem também mioesteatose apresentam prognóstico de sobrevida mais curto. Ademais, evidenciou-se que a avaliação da densidade muscular é extremamente relevante como fator prognóstico, logo essa prática deve ser inserida na área oncológica.
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