INTRODUÇÃO:
A doença de Alzheimer é um distúrbio neurodegenerativo caracterizada pelo acúmulo de placas extracelulares. A etiologia dessa patologia ainda é desconhecida, no entanto, evidências cumulativas indicam que a microbiota intestinal e seus metabólitos podem influenciar no desenvolvimento da doença.
OBJETIVO:
Identificar a influência da microbiota intestinal e seus metabólitos na doença de Alzheimer.
MÉTODO:
Trata-se de uma revisão integrativa, com busca nas bases de dados online: Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (Medline) e Scientific Electronic Library Online (Scielo). Para a busca foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde: “Alzheimer”, “Gastrointestinal” e “Microbiota”, os quais foram combinados aplicando-se os operadores booleanos “and”, “or” e “not”. Foram incluídos neste estudo artigos publicados entre os anos de 2017 a 2020 que abordaram a temática, excluindo aqueles que não trouxeram de forma evidente seus resultados. Logo, foram selecionados 10 artigos dentro dos critérios.
RESULTADOS:
Observou-se que alterações na microbiota intestinal podem contribuir para a patogênese e progressão da doença de Alzheimer. Estudos demonstraram que os produtos do metabolismo da microbiota, como ácidos graxos de cadeia curta, são capazes de influenciar as produções do ácido gama-aminobutírico, serotonina e ?-metilamino-l-alanina, estes fatores, influenciam a agregação do peptídeo amilóide-? nas placas senis contribuindo para o desenvolvimento da doença. Além disso, verificou-se que os níveis N-óxido de trimetilamina (TMAO), um metabólito de origem microbiana intestinal, mensurável no líquido cefalorraquidiano, estão elevados em indivíduos que possuem a doença de Alzheimer. Outrossim, verificou-se que a diversidade do microbioma dos pacientes com doença de Alzheimer é reduzida.
CONCLUSÃO:
É evidente a existência da influência da microbiota intestinal na doença de Alzheimer. Dessa forma, espera-se que o microbioma entérico possa representar uma nova perspectiva para entender a patogênese dessa doença e, posteriormente, desenvolver terapêuticas eficazes contra essa patologia.
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