INTRODUÇÃO: O metilfenidato, conhecido como Ritalina é um fármaco utilizado no tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Seu princípio ativo gera um estado de alerta e de concentração, sendo muito usado para garantir um aprimoramento cognitivo, excedendo a tríade doença, saúde e cuidado.
OBJETIVO: Analisar o uso off label do metilfenidato para o aprimoramento cognitivo e seus efeitos colaterais e sociais.
MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa realizada nas bases de dados Scielo e Pubmed, utilizando as palavras-chave: off label, ritalina, metilfenidato, estimulante cerebral. Foram selecionados 11 artigos em língua portuguesa, inglesa e espanhol, publicados no período de 2013 a 2021.
RESULTADOS: O metilfenidato age aumentando a concentração de dopamina e noradrenalina nos terminais sinápticos. O resultado acarretará em melhora na memória, atenção e função motora. O uso desse fármaco é limitado para tratamento de transtornos neuropsicológicos. Porém, no Brasil não se tem o controle da distribuição desse medicamento, sendo usado de forma abusiva, sendo assim, considerado uso off label. Um estudo, revelou que a grande motivação para o uso off label pelos indivíduos, seria a ameaça à inserção social e produtiva do indivíduo. Contudo, grande parte dos usuários que fazem uso do medicamento não tem o conhecimento devido dos efeitos colaterais, como diminuição do sono, tiques motores, cefaleia e risco cardiovasculares. A segurança a longo prazo do uso de metilfenidato é mal documentada.
CONCLUSÃO: Embora seja vendido há 60 anos, o metilfenidato nunca foi estudado sobre a sua tolerância e uso a longo prazo em pacientes que utilizam de modo off label. Logo, deve-se ampliar os estudos nessa nova demanda de uso do fármaco para se saber mais sobre a biossegurança no corpo dos seres que farão uso.
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