INTRODUÇÃO: A disfunção sexual feminina tem alta prevalência nos consultórios ginecológicos e grande impacto na vida pessoal das pacientes. A escolha do método contraceptivo, seja ele hormonal e não hormonal, age diretamente na funcionalidade orgânica da função sexual.
OBJETIVO: Apresentar o impacto biológico que o uso dos contraceptivos orais e intra-uterinos trazem para a disfunção sexual.
MÉTODO: As fontes foram obtidas através de pesquisas nas bases de dados PubMed, Scielo e Lilacs, com as palavras-chave “Female Sexuality;”, “Contraceptives”, “Intrauterine devices” e “Hormonal contraceptives”, sendo selecionado 6 artigos de um período de 2010 a 2021.
RESULTADOS: A disfunção sexual é interligada por falta do desejo, excitação, orgasmo e dispareumia, em mulheres. Porém esses sintomas podem ser modificados ou potencializados com o uso de determinados contraceptivos. Os contraceptivos orais tem impacto no eixo endócrino, provocando uma insuficiência androgênica, que age diminuindo o libido. Além disso, um estudo com 364 mulheres, onde 30% faziam uso do mesmo, relataram secura vaginal e desconforto a relação sexual. De outro modo, o sistema intra-uterino liberador de levonorgestrel e o dispositivo de cobre, tem ambos mecanismos de ação local que leva a uma inviabilidade reprodutiva. Um estudo comparando todos os métodos com um índice de função sexual feminina e de qualidade de vida, concluiu-se que a ação localizada, não leva sintomas sistêmicos.
CONCLUSÃO: Os anticoncepcionais orais demonstraram grande influência no desenvolvimento da disfunção sexual, enquanto que os dispositivos intrauterinos revelaram ter ações mínimas. Contudo, deve–se avaliar a individualidade de cada paciente perante ao contraceptivo de escolha
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