INTRODUÇÃO:
A colecistectomia laparoscópica é a técnica cirúrgica mais utilizada em pacientes com patologias vesiculares. Outrossim, a prevalência da colelitíase tende aumentar progressivamente com o avanço da idade em ambos os sexos, sendo a doença intra-abdominal que mais leva idosos para a sala cirúrgica.
OBJETIVO: Esta revisão tem como objetivo analisar a técnica de colecistectomia laparoscópica em pacientes idosos, visto que a morbimortalidade pode ser maior devido à idade.
MÉTODO: Este estudo é uma revisão literária a respeito da colecistectomia laparoscópica em pacientes idosos. Para isso, foram utilizados como descritores de busca os termos “Laparoscopic Cholecystectomy”, “Aged” e “Cholelithiasis”, aplicando o operador booleano AND na plataforma Pubmed e SciELO. Os critérios de inclusão foram artigos escritos na língua inglesa ou língua portuguesa e publicados a partir do ano de 2016. Foram obtidos 450 resultados e a amostra ao final da busca foi constituída de 7 artigos, selecionados a partir da leitura do título e do resumo, excluindo-se aqueles que não abordavam um conteúdo apropriado para a pesquisa por não estarem relacionados diretamente com o tema.
RESULTADOS: Com o aumento da faixa etária, é possível perceber maiores riscos de complicações em procedimentos cirúrgicos. Dentre os resultados, estão maior tempo de operação (MA=57,95 minutos, p=0,001), taxa superior de colecistite aguda (p<0,001) e maior taxa de conversão para colecistectomia aberta (1% a 3%, p=0,028), sendo as causas mais comuns a má identificação da anatomia e sangramento não controlado. Ademais, a taxa de complicações pós-operatória é maior (5% a 7%, p=0,042), além da mortalidade pós-operatória também ser maior (p=0,026). Porém, não há diferença significativa na taxa de complicações intraoperatórias (p=1,0) e no tempo de permanência hospitalar (p=0,385). Dessa forma, fica evidente maior morbimortalidade em idosos por virtude de doenças associadas e baixa reserva fisiológica.
CONCLUSÃO: Conclui-se que a colecistectomia laparoscópica, no paciente idoso é um procedimento relativamente seguro, dado que a incidência de complicações e morbimortalidade é pequena e de baixa gravidade.
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