INTRODUÇÃO:
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e a gravidez na adolescência são grandes problemas sociais e de saúde pública no Brasil. A ausência de discussões informativas sobre sexualidade possui ligação direta com a manutenção dos dilemas relacionados à saúde sexual e reprodutiva dos jovens.
OBJETIVO:
Buscou-se com o estudo analisar o papel da educação sexual na diminuição dos índices de transmissão de IST e de gravidez indesejada entre adolescentes.
MÉTODO:
Trata-se de uma revisão sistemática de literatura, realizada nas bases PubMed, LILACS, Web of Science, Scopus e Science Direct, utilizando os descritores indexados ao DeCS: Sex Education; Pregnancy in adolescence; Adolescence e Sexually Transmitted Diseases. A busca ocorreu em abril de 2021 com auxílio da ferramenta State of the Art through Systematic Review (StArt). Foram incluídos estudos primários, em português ou inglês, publicados nos últimos 5 anos e que avaliaram a influência da educação sexual na redução de IST e de gravidez na adolescência. Entre os 117 artigos encontrados, 13 constituíram a amostra final e foram lidos integralmente por dois revisores de forma independente.
RESULTADOS:
As principais estratégias para se discutir sexualidade com os adolescentes se mostraram baseadas na aprendizagem ativa: jogos interativos, questionários grupais, dramatização e execução prática. Entre os responsáveis pela realização dos programas, foi vista a presença de profissionais de saúde e de assistência social. As ações de educação sexual confirmaram eficácia no aumento do nível de conhecimento acerca do uso de preservativo, de outros métodos contraceptivos e da transmissão de IST. Em regiões de pouco acesso à informação, houve uma redução ainda mais significativa de comportamentos sexuais de risco entre os adolescentes incluídos nas intervenções. Os programas que abordaram a abstinência sexual para a prevenção de IST e da gravidez na adolescência apresentaram menor efetividade.
CONCLUSÃO:
Estratégias voltadas à promoção da educação sexual propiciam o desenvolvimento de habilidades relacionadas à sexualidade e à prevenção da gravidez precoce, tornando os adolescentes confiantes e mais seguros quanto à gestão do próprio processo saúde-doença.
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