INTRODUÇÃO:
Com o avanço da poluição atmosférica e a chegada da pandemia do SARS-CoV-2, o uso de máscaras tornou-se um importante mecanismo de prevenção e proteção. Todavia, para seu uso ser eficaz em crianças, as máscaras, precisam ser seguras, adaptáveis ao rosto e serem utilizadas adequadamente.
OBJETIVO:
Investigar os fatores que influenciam a usabilidade de máscaras de proteção facial por crianças.
MÉTODO:
O presente estudo caracteriza-se por uma revisão integrativa, com pesquisas realizadas nas bases de dados: Pubmed, Library Cochrane e Scielo, com os seguintes descritores: Child, Masks, Evironmental pollution e Coronavirus, associados através do operador boleano AND. Como critérios de inclusão foram considerados artigos publicados nos últimos 5 anos, com textos disponíveis em língua inglesa, que abordassem o uso de máscaras descartáveis e não descartáveis em crianças saudáveis. Como critérios de exclusão foram considerados estudos de revisão, monografias, relatos de caso, anais de congressos e capítulos de livros.
RESULTADOS:
Foram incluídos 5 artigos nessa revisão. Com base nos dados obtidos podemos inferir que a percepção da criança é altamente afetada pelo conforto respiratório, calor gerado na face e desing da máscara. Além disso, verificou-se que as máscaras faciais não são projetadas especificamente para pacientes pediátricos, sendo improvável que uma criança mantenha uma máscara, ou a use adequadamente por um período prolongado. Nesse aspecto, um estudo de coorte realizado em indivíduos com idade entre 4 meses e 12 anos, constatou que o uso de máscaras cirúrgicas, por 30 minutos, não se associou à episódios de dessaturação ou sinais clínicos de desconforto respiratório. Por fim, depreendeu-se que a aceitabilidade ao uso de máscaras em crianças é influenciada pelos genitores.
CONCLUSÃO:
Ao tornar as máscaras infantis, mais atraentes e frescas, a usabilidade pode ser melhorada, mesmo que por curto período tempo, assim como a aceitabilidade pode ser positivamente influenciada pelos pais. Ademais, o uso de máscaras não se correlacionou com episódios de desconforto respiratório.
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