INTRODUÇÃO:
Pré-eclâmpsia é a hipertensão gestacional com proteinúria associada e a síndrome HELLP é a forma grave com aumento de enzimas hepáticas e plaquetopenia. Os atributos importantes são a hemólise e o risco de coagulopatia, e por isso, exige muita cautela na administração de anestésicos.
OBJETIVO:
Enfatizar a importância dos cuidados anestésicos em gestantes com pré-eclâmpsia grave e síndrome HELLP a fim de reduzir os riscos de agravamento do quadro e minimizar as chances de complicações severas na cirurgia.
MÉTODO:
Foi realizada uma revisão de literatura baseada em artigos encontrados nas bases do Scielo, Revista Brasileira de Anestesiologia, Brazilian Journal of Anesthesiology Vol 66 e Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, utilizando os seguintes descritores “Anestesia Obstétrica”, “Síndrome HELLP” e “Pré-eclâmpsia” presentes na classificação dos Descritores em Ciências da Saúde. Foram selecionados 1 artigo do Brazilian Journal of Anesthesiology e 3 dentre 28 artigos disponíveis no Scielo, sendo esses, 2 da Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e 1 da Revista Brasileira de Anestesiologia. Todos os artigos selecionados tiveram como critério a relação entre anestésicos e gestantes.
RESULTADOS:
O anestesiologista, ao realizar o estudo de cada caso para cesáreas em gestantes portadoras de pré-eclâmpsia e síndrome HELLP, deve ser cauteloso pois, além de haver coagulopatia e disfunção grave de múltiplos órgãos, pode haver ocorrência de lesões endoteliais de vasos hepáticos, resultando em isquemia hepatocítica seguida de morte. Nesses casos, a anestesia geral (AG) é mais indicada desde que a intubação orotraqueal (IOT) seja bem sucedida e haja controle hemodinâmico através de medicamentos para diminuição de possíveis complicações associadas. Os graves riscos de coagulopatia e trombocitopenia aumentam as chances de hematoma epidural caso seja realizada técnica de anestesia neuroaxial (AN) em casos específicos de síndrome HELLP.
CONCLUSÃO:
Com base no presente estudo, observa-se que não há uma administração anestésica 100% segura para casos de pré-eclâmpsia associada à síndrome HELLP, porém, anestesia geral com IOT combinado ao controle hemodinâmico vem sendo a melhor opção em cesáreas com quadros graves de hipertensão gestacional.