Cuidados Anestésicos Em Gestantes Com Pré-Eclâmpsia E Diagnóstico De Síndrome HELLP

  • Autor
  • Giovanna D'Antonio Braz
  • Co-autores
  • Juhly Severino dos Santos , Elias Junio Martins Braga , Daniel Vinicius Eloi , Cristhyano Pimenta Marques
  • Resumo
  •  

    INTRODUÇÃO:

    Pré-eclâmpsia é a hipertensão gestacional com proteinúria associada e a síndrome HELLP é a forma grave com aumento de enzimas hepáticas e plaquetopenia. Os atributos importantes são a hemólise e o risco de coagulopatia, e por isso, exige muita cautela na administração de anestésicos.  

    OBJETIVO:

    Enfatizar a importância dos cuidados anestésicos em gestantes com pré-eclâmpsia grave e síndrome HELLP a fim de reduzir os riscos de agravamento do quadro e minimizar as chances de complicações severas na cirurgia. 

    MÉTODO:

    Foi realizada uma revisão de literatura baseada em artigos encontrados nas bases do Scielo, Revista Brasileira de Anestesiologia, Brazilian Journal of Anesthesiology Vol 66 e Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, utilizando os seguintes descritores “Anestesia Obstétrica”, “Síndrome HELLP” e “Pré-eclâmpsia” presentes na classificação dos Descritores em Ciências da Saúde. Foram selecionados 1 artigo do Brazilian Journal of Anesthesiology e 3 dentre 28 artigos disponíveis no Scielo, sendo esses, 2 da Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e 1 da Revista Brasileira de Anestesiologia. Todos os artigos selecionados tiveram como critério a relação entre anestésicos e gestantes.

    RESULTADOS:

    O anestesiologista, ao realizar o estudo de cada caso para cesáreas em gestantes portadoras de pré-eclâmpsia e síndrome HELLP, deve ser cauteloso pois, além de haver coagulopatia e disfunção grave de múltiplos órgãos, pode haver ocorrência de lesões endoteliais de vasos hepáticos, resultando em isquemia hepatocítica seguida de morte. Nesses casos, a anestesia geral (AG) é mais indicada desde que a intubação orotraqueal (IOT) seja bem sucedida e haja controle hemodinâmico através de medicamentos para diminuição de possíveis complicações associadas. Os graves riscos de coagulopatia e trombocitopenia aumentam as chances de hematoma epidural caso seja realizada técnica de anestesia neuroaxial (AN) em casos específicos de síndrome HELLP. 

    CONCLUSÃO:

    Com base no presente estudo, observa-se que não há uma administração anestésica 100% segura para casos de pré-eclâmpsia associada à síndrome HELLP, porém, anestesia geral com IOT combinado ao controle hemodinâmico vem sendo a melhor opção em cesáreas com quadros graves de hipertensão gestacional.

     

  • Palavras-chave
  • Pré-eclâmpsia, Síndrome HELLP, Anestesia obstétrica.
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