INTRODUÇÃO:
A dengue é uma arbovirose potencialmente fatal transmitida por mosquitos do gênero Aedes, endêmica de regiões tropicais como a América do Sul. Durante a pandemia da COVID-19, agentes de saúde e recursos foram realocados no Brasil, merecendo atenção a relação entre o número de casos e a pandemia.
OBJETIVO:
Identificar o número de internações e de óbitos por dengue, no Brasil, no período de janeiro de 2019 a janeiro de 2021.
MÉTODO:
Estudo epidemiológico, transversal, retrospectivo e descritivo, baseado em informações disponíveis no Departamento de Informática do Sistema único de Saúde (DATASUS), no período correspondente de janeiro de 2019 a janeiro de 2021, nas 5 regiões administrativas do Brasil. A análise comparativa foi realizada para as variáveis número de internações e número de óbitos, com o auxílio do software Microsoft Office Excel®.
RESULTADOS:
No período especificado, foram registradas 84.796 internações, sendo o total de 31.391, equivalente a 37,01%, registrado na região Sudeste. Chama a atenção o fato de que o número total de internamentos em janeiro quase dobrou entre 2019 e 2020, de 2328 para 4648, mas caiu para 556 em janeiro de 2021. Com relação ao número de óbitos registrados, nota-se um comportamento semelhante: da totalidade de 496 óbitos registrados no período considerado, a maior parte, 271, concentra-se na região Sudeste, acompanhando os números de internações. Comparando-se, novamente, janeiro de 2019, de 2020 e de 2021 é possível observar um aumento de 13 para 26 entre 2019 e 2020 e uma queda significativa, para apenas três óbitos, entre 2020 e 2021.
CONCLUSÃO:
Uma vez que, no país, a maior parte dos recursos estruturais e humanos foram direcionados à pandemia da COVID-19, a queda do número de internamentos e de óbitos pode sugerir uma tendência de subnotificação. Uma maior compreensão dessa relação é necessária para o atendimento adequado da população.
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