Fisiopatologia das manifestações gastrointestinais da COVID-19

Fisiopatologia das manifestações gastrointestinais da COVID-19

• Autor
• Aeda Vaz Otoni
• Co-autores
• Benara Otoni de Siqueira , Luís Felipe Nogueira Rodrigues , Lilian dos Anjos Carneiro
• Resumo

• Fisiopatologia das Manifestações Gastrointestinais da COVID-19

  INTRODUÇÃO

  O SARS-CoV-2, vírus causador da COVID-19, tem como principal via de transmissão a respiratória e seus sintomas mais predominantes são anosmia, tosse seca, dispneia e febre. Entretanto, pode haver manifestações distintas, como as gastrointestinais, sendo estas menos comuns, mas mesmo assim relevantes para erudição de sua fisiopatologia.

  OBJETIVO

  Entender as manifestações gastrointestinais (GI) singulares do COVID-19, ocasionadas pela sua fisiopatologia de infecção.

  MÉTODO

  Realizou-se buscas ativas nas bases de dados online PUBMED, LILACS e SCIELO, selecionando-se 7 artigos, compreendendo revisão literária, relato de caso e coorte unicêntrico, publicados com recorte temporal de 2019 a 2021 em inglês, português e espanhol. A busca bibliográfica realizou-se por meio dos descritores “coronavirus” e “gastrointestinal disease”. Os critérios de inclusão foram as manifestações gastrointestinais. Não se selecionaram artigos a partir de critérios de exclusão como estudos que não estão relacionados ao objetivo principal da pesquisa e textos com dados insuficientes acerca do estudo em questão.

  RESULTADOS

  Estudos apontam que células da mucosa intestinal possuem receptores para ECA2, o que justifica a agressão do trato gastrintestinal, uma vez que, o vírus liga-se a esse receptor, adentrando na célula. As manifestações GI observadas foram diarreia (8,1% a 33,7%), vômito/náusea (1,5% a 26,4%) e dor abdominal (0% a 14,5%). O acometimento GI pouco difere entre adultos e crianças (9,6% e 9,7% respectivamente). Evidenciou-se que crianças apresentam resposta primária à infecção devido a menor expressão de ECA2, enquanto nos adultos, há aumento das citocinas inflamatórias, sugerindo a piora do quadro clínico, já que, há maior suscetibilidade a danos nos órgãos. Ademais, pacientes pediátricos apresentaram mais vômitos (66,7%) do que os adultos (15,9%), enquanto houve pouca variação na diarreia.

  CONCLUSÃO

  Apesar das principais manifestações serem respiratórias, alguns pacientes podem apresentar inicialmente apenas queixas gastrointestinais, as quais dificultam a identificação do COVID-19, podendo acarretar em um diagnóstico tardio e, dessa forma, gerar quadros mais graves em adultos.

  Palavras-chave:

  Coronavirus. Doença gastrointestinal.

   

• Palavras-chave
• Coronavírus. Doença gastrointestinal
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