INTRODUÇÃO:
A doença cardíaca reumática (DCR) é uma sequela cardíaca da febre reumática (FR), a qual é uma síndrome autoimune pós-infecciosa, por estreptococos do grupo A. Visto que o diagnóstico da DCR, na maioria, ocorre somente após sério comprometimento das válvulas cardíacas é fundamental sua prevenção.
OBJETIVO:
O objetivo do presente estudo é evidenciar a relação da penicilina G com a diminuição das sequelas cardíacas da febre reumática, tendo em vista que a DCR é a principal causa de insuficiência cardíaca em crianças e adultos jovens em países emergentes.
MÉTODO:
Revisão de literatura fundamentada nas bases de dados PubMed, com as palavras-chave “Febre reumática”, “Doença cardíaca reumática” e “Penicilina”. Foram selecionados cinco artigos publicados nos últimos 10 anos, na língua inglesa e portuguesa.
RESULTADOS:
A profilaxia secundária objetiva erradicar o transporte crônico da bactéria após um episódio de FR, com a finalidade de impedir repetidas reativações imunológicas e, consequentemente limitar a progressão para a DCR. Cerca de 0,3 por cento das dores de garganta estreptocócicas resultam em FR. Dados recentes sugerem que quase 90 por cento daqueles que obtêm FR desenvolvem DCR. Portanto, 10.000 dores de garganta precisam ser tratadas para prevenir a DCR em cinco a seis crianças. Assim, uma abordagem de prevenção primária a nível da comunidade não é viável. Além disso, injeções intramusculares em intervalos de 3-4 semanas são recomendadas de preferência à administração oral diária, já que esta última não apresenta adesão satisfatória.
CONCLUSÃO:
A prevenção secundária é o meio mais eficaz de tratar a febre reumática e com isso impedir o surgimento da doença cardíaca reumática. A penicilina G é a base da prevenção secundária; portanto, estratégia de implementação, aceitabilidade e acessibilidade desse medicamento são cruciais.
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