INTRODUÇÃO:
Atualmente, é comum o uso de estimulantes cerebrais por acadêmicos de Medicina. Esses estimulantes conseguem aumentar o estado de atenção, desempenho, e proporciona efeitos antidepressivos e melhora cognitiva. Bebidas energéticas, metilfenidato e anfetaminas são as principais substâncias utilizadas.
OBJETIVO:
Analisar a influência dos estimulantes cerebrais no âmbito da saúde mental dos acadêmicos de medicina, a fim de propor mecanismos de controle e de acompanhamento mais efetivos, no sentido de proporcionar segurança quanto ao seu uso.
MÉTODO:
Trata-se de um estudo bibliográfico, descritivo, cujo método utilizado foi a revisão integrativa da literatura. Os descritores utilizados foram "estudantes de medicina, transtornos relacionados ao uso de substâncias e estimulantes do sistema nervoso central".
Como critérios de inclusão, foram considerados trabalhos das bases de dados LILACS, SCIELO e MEDLINE no período de 2001 a 2021. A busca apresentou 13 publicações, das quais 3 estavam duplicadas, restando 10 para próxima etapa: leitura reflexiva de seus títulos e resumos.
RESULTADOS:
Nota-se que as substâncias mais consumidas entre os acadêmicos de medicina são os ansiolíticos, benzodiazepínicos, metilfenidato, derivados de anfetamina, café e pó de guaraná, sendo a principal fonte de interesse alguma pessoa próxima que já faz uso. Aumentar a capacidade de vigília, poder de memória, atenção e concentração são descritas como as principais razões pelas quais os estudantes utilizam esses estimulantes cerebrais. Com o passar dos períodos de graduação, seu uso torna-se mais frequente, visto que os estudantes relatam mais fadiga, estresse, dependência e transtornos de ansiedade. Grande parte dos especialistas afirmam que a automedicação a longo prazo dessas substâncias implica malefícios à saúde, tais como insônia, redução do apetite, falta de energia e perda de motivação.
CONCLUSÃO:
Torna-se evidente que o uso de estimulantes cerebrais está associado ao clima competitivo da graduação, sendo possível afirmar que o uso dessas substâncias representa um problema grave, recorrente e complexo, visto que são comumente utilizadas sem prescrição médica, acompanhamento e controle.
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