A Transmissão Vertical De Sífilis Entre Gestantes E Crianças Recém- Nascidas: Uma Revisão Literária

  • Autor
  • Júlia Ribeiro Borges
  • Co-autores
  • Ana Laura de Oliveira Silva , Beatriz de Araújo Braz , Leilane Mendes Garcia
  • Resumo
  •  

    INTRODUÇÃO:

    A transmissão de sífilis no Brasil é considerada uma questão de saúde pública. A sífilis congênita ocorre quando existe a disseminação do Treponema pallidum da mãe para o feto via placenta. A doença deriva principalmente do acesso ou falta de atendimento pré-natal.

    OBJETIVO:

    O presente estudo apresenta o objetivo de analisar a eficácia da detecção de sífilis em gestantes e como seu rastreamento precoce pode diminuir o agravo da doença nas gestantes e suas crianças.

    MÉTODO:

    Os dados avaliados foram coletados através do sistema de informação de agravos (SINAN), Sistema de informação sobre mortalidade (SIM), Sistema de informação dos nascidos vivos (SINASC) e o sistema de informação hospitalar (SIH). A análise possibilita a implementação de novas políticas públicas com novas medidas para o combate da sífilis. Para isso foi realizada uma revisão de literatura na PubMed e no SciELO. Os descritores foram "sífilis", "infecção" e “sífilis congênita” presentes no DeCS – descritores em Ciência da Saúde com recorte temporal dos últimos 5 anos na língua portuguesa e inglesa. Obteve-se 16 resultados dos quais 5 foram selecionados para o presente estudo.

    RESULTADOS:

    Durante pré-natal é necessário exames no início e final para as gestantes, sendo a sífilis de grande incidência, por isso a prevenção ao detectá-la precocemente tem se mostrado eficiente. A transmissão não tratada é de 70 a 100% nas fases primária e secundária e reduz para 30% em fase tardia. Os sinais da sífilis podem aparecer até o 2º ano de vida e a tardia após, sendo o diagnóstico baseado em evidências clínicas e laboratoriais. Os testes sorológicos ainda são as principais formas de identificar a presença da sífilis com testes não treponêmicos de alta sensibilidade - VDRL 78 a 100%, e o RPR com 86 a 100% com possibilidade de titulação e testes treponêmicos TPHA 98 a 100%, FTA-Abs 94 a 100% e ELISA 97 a 100% - permitindo a confirmação da doença e a exclusão de falsos negativos.

    CONCLUSÃO:

    Conclui-se que a sífilis é uma doença silenciosa e pode apresentar de forma assintomática. Com o rastreamento precoce da doença é possível evitar casos de crianças graves, natimortos e até a morte neonatal, o que leva a mãe e o bebê a obterem tratamento adequado e em tempo hábil mostrando que a sua detecção precoce pode salvar vidas.

  • Palavras-chave
  • Sífilis, sífilis congênita, infecções
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