INTRODUÇÃO:
A acupuntura mostra-se eficaz no controle de diversas doenças através da modulação dos processos inflamatórios. Nesse sentido, pesquisas evidenciam uma importante ação terapêutica na sepse e apresentam mecanismos sinérgicos na COVID-19, estabelecendo um panorama promissor em seu tratamento.
OBJETIVO:
Revisar de forma integrativa os novos estudos acerca dos efeitos terapêuticos da acupuntura (ACT) na modulação dos processos inflamatórios, sobretudo os que contribuem de forma direta para a resolução das complicações da COVID-19.
MÉTODO:
Trata-se de uma revisão bibliográfica na base de dados PubMed, de estudos publicados nos últimos 20 anos. Foram realizadas pesquisas usando o operador booleano “and” para associar os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH): “acupuncture”, “inflammation” e “coronavirus infections”, totalizando 918 resultados encontrados. Após a aplicação dos critérios de inclusão (estudos originais com dados primários, em inglês ou português, publicados desde 2001 e que estabeleceram uma relação direta entre os descritores supracitados), seleção por título e exclusão por resumo, foram lidos 23 artigos na íntegra. Desses, 11 se adequaram aos objetivos da presente revisão bibliográfica.
RESULTADOS:
Especula-se que a alta taxa de mortalidade na COVID-19 está relacionada à ativação desregulada do sistema imune, causando a chamada tempestade de citocinas. A acupuntura demonstrou modular positivamente os processos inflamatórios, suprimindo citocinas como IL-6, IL-1? e TNF-?, ativando a via anti-inflamatória através do aumento de IL-10 e de agonistas de CBR2, melhorando a imunidade, regulando a função do sistema nervoso e a expressão gênica de fatores ligados a um mau prognóstico. A estimulação por eletroacupuntura (EA) consegue ativar vias simpáticas distintas de maneiras dependentes da somatotopia e intensidade do estímulo. A moxabustão nos pontos B13 e B43 reduziu a inflamação e fibrose pulmonares, gerando o mesmo efeito da prednisona, além de regular a resposta linfocitária Th1/Th2.
CONCLUSÃO:
Os resultados clínicos condizem com os mecanismos anti-inflamatórios, imunorregulatórios e neuromoduladores do tratamento com ACT, reforçando recomendação da OMS para diversas doenças, estabelecendo a importância na inserção clínica, a terapêutica preconizada para a COVID-19.
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