INTRODUÇÃO:
A mortalidade infantil, uma indicadora da qualidade de vida de uma população, refere-se aos óbitos de menores de um ano e possui divisões, das quais a neonatal pode ser a mais relevante, por ser a mais prevalente, especialmente a precoce, e por não vir sofrendo as mesmas quedas que os outros tipos.
OBJETIVO:
O objetivo foi identificar, com foco no contexto brasileiro, os principais fatores de risco associados à mortalidade neonatal, citando pontos os conexos: prevenção, políticas públicas, epidemiologia e impactos emocionais maternos e familiares.
MÉTODO:
Realizou-se uma revisão integrativa, entre abril e junho de 2021, consultando as bases de dados: SciELO, Google Acadêmico, Pubmed, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Ministério da Saúde. Etapas criadas para a revisão: identificação do tema; seleção das questões de pesquisa; adoção de critérios de inclusão e exclusão (respectivamente: estudos observacionais, publicados entre 2005 e 2021, disponíveis online, completos e em português ou inglês; repetidos, incompletos e fora do período determinado); leitura, definição e extração das informações pertinentes em cada estudo selecionado; e elaboração da revisão. Foram selecionados 17 estudos, dos quais 11 abordavam fatores de risco.
RESULTADOS:
Fatores de risco: baixo peso ao nascer (<2500g), prematuridade, Apgar < 7 no 1° e 5° minutos, sexo masculino, malformação congênita, idade < 20 e > 35 anos, escolaridade ausente ou insuficiente, ausência de companheiro, ausência ou inadequação do pré-natal, gestação múltipla e nascimento em hospital público. Prevenção e políticas públicas: educação sexual, planejamento familiar, pré-natal adequado, nutrição materno-infantil, boa assistência ao recém-nascido, implementação e expansão de políticas de saúde, sobretudo da criança. Epidemiologia: região Nordeste, mais óbitos neonatais, Centro-Oeste, menos; principal causa do óbito: prematuridade; capitais e classes D e E, maior taxa de mortalidade. Impactos emocionais: depressão, ansiedade, fobias, estresse, culpa, luto e pensamentos suicidas.
CONCLUSÃO:
Concluiu-se que os fatores de risco são de caráter materno ou infantil e alguns modificáveis. Portanto, com a ampliação e implementação de políticas públicas de prevenção e promoção à saúde da mãe e do bebê, a mortalidade neonatal no Brasil, suas disparidades e consequências, podem ser reduzidas.
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