Introdução: A automedicação compõe o autocuidado, mas seus efeitos quando desnecessários e inadequados não podem ser desconsiderados, assim, tal prática traz uma preocupação global, principalmente no período de pandemia por COVID-19 em que a forma de consumo de medicamentos chamou atenção. Objetivo: Abordar o aumento da automedicação devido a pandemia por COVID-19, seus malefícios e consequências à saúde da população brasileira, assim como seu cenário, tendo em vista ser um tema muitas vezes negligenciado e pouco discutido. Método: Trata-se de uma revisão de literatura baseada em artigos das bases de dados Scientific Electronic Library Online (ScieELO) e Pubmed. Os critérios de inclusão foram os artigos de tais bases de dados na língua inglesa e portuguesa nos anos de 2020 e 2021, e os de exclusão aqueles que não correspondiam ao tema. O período da coleta seu deu no mês de maio de 2021. Resultados: A automedicação quando inadequada e fundada em informações pouco confiáveis pode promover sérios danos à saúde. Em tempos de pandemia, mesmo sem evidências específicas, a busca pela hidroxicloroquina e cloroquina aumentou, tal demanda pode comprometer a disponibilidade para as indicações comprovadas e desencadear aumento dos preços. A Organização Mundial de Saúde advertiu sobre a automedicação com antibióticos, fitoterápicos e outros medicamentos de venda livre para tratar COVID-19. Diante disso, automedicação imprópria pode gerar diagnóstico incorreto, interações medicamentosas, efeitos adversos graves, resistência microbiana e dependência, além de acentuar a crise de saúde atual, assim, não se deve subestimar as consequências da automedicação e a importância do seu controle. Conclusão: A automedicação inadequada pode trazer resultados danosos à saúde, além de comprometer a oferta. Assim, é preciso gerenciar tais práticas e promover estratégias que conscientizem a população, evitando o uso inadequado de medicamentos sem segurança e eficácia determinados para COVID-19.
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