INTRODUÇÃO: Anticoncepcionais orais são utilizados na prevenção da gestação e no tratamento de algumas patologias. Eles são compostos por estrogênio e progesterona ou apenas por progesterona. Contudo, podem elevar o risco cardiovascular e do acidente vascular cerebral (AVC). OBJETIVO: Fornecer informações acerca do uso de anticoncepcionais orais e sua associação com o aumento do risco cardiovascular e do acidente vascular cerebral com o intuito de estabelecer o melhor método contraceptivo de acordo com cada caso. MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa realizada através dos bancos de dados da Literatura Latino Americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (LILACS), da Scientific Electronic Library Online (SciELO) e da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), na língua inglesa e portuguesa. RESULTADOS: O risco de desenvolver trombose venosa profunda (TVP) depende da dose de etinilestradiol (EE), em que a alta dosagem eleva duas vezes o risco comparada a baixa dose. O gestodeno e o desogestrel aumentam o risco de TVP em duas vezes quando presentes nos contraceptivos orais combinados (COC).Já o uso isolado de progestágenos causam pouca alteração do sistema sanguíneo. O EE eleva a produção de angiotensinogênio hepático, aumentando a pressão arterial (PA) cerca de 2 a 3 mmHg. Um estudo com 171 mulheres, mostrou redução da PA sistólica e diastólica após cessar uso dos COC. Observou-se que quanto maior a dose de EE, maior 2,7 vezes a chance de ter AVC, sobretudo quando há fatores de risco associados, como lúpus, tabagismo, hipertensão arterial e enxaqueca. CONCLUSÃO: Dessa forma, vê-se que a escolha do método contraceptivo deve ser individualizada, visto que há probabilidade de ocorrer eventos indesejados. Com isso, é importante que sejam identificados possíveis fatores de risco para essas doenças, para que assim o método escolhido não potencialize esse risco.
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