INTRODUÇÃO:
O HIV é o vírus causador da Síndrome da Imunodeficiência Humana, doença depressora do sistema imunológico, sendo um importante agravo à saúde pública. Sua transmissão ocorre, principalmente, através de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de perfurocortantes e transmissão vertical.
OBJETIVO:
Analisar o perfil de mortalidade por infecção pelo vírus do HIV no Brasil no período de Janeiro de 2010 a Dezembro de 2019
MÉTODOS:
Estudo descritivo de corte transversal, realizado por meio da análise de informações disponíveis no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), os quais foram publicados pelo Ministério da Saúde através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisadas as seguintes variáveis: total de óbitos ocasionados pela infecção do HIV, faixa etária de 20 a 59 anos, sexo, cor/raça, e localização geográfica de acordo com o período correspondente de Janeiro de 2010 a Dezembro de 2019. Utilizou-se o software Microsoft Office Excel® para tabulação e análise dos dados.
RESULTADOS:
Constatou-se um total de 101.374 óbitos decorrentes de infecção pelo HIV. Quanto às regiões do país, há uma maior prevalência de mortalidade no Sudeste (43,4%), Sul (20,3%) e Nordeste (20,2%) o que pode estar associado à qualidade das notificações e pela prevalência de pessoas infectadas nessas regiões. Comparando-se o ano com maior número de mortes (2015) e com menor quantidade (2019), verificou-se uma redução de (17,7%), o que pode estar ligado a uma maior disponibilidade do tratamento antirretroviral. Analisando o perfil dos indivíduos que foram a óbito, houve maior prevalência no sexo masculino (66,3%) com faixa etária entre 40-49 anos (33,6%) e pardos (43,7%), o que pode estar relacionado ao diagnóstico tardio, coinfecções, e maior exposição à fatores que contribuem para a infecção.
CONCLUSÃO:
Os achados deste estudo reiteram a importância de políticas em saúde, especialmente para indivíduos que vivem no Sudeste, sexo masculino, entre 40-49 anos e pardos. Assim, frisa-se a importância de educação em saúde voltadas para o uso do preservativo e adesão terapêutica em indivíduos infectados.
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