Cuidados Paliativos E Luto Na Atenção Básica À Saúde

  • Autor
  • Fernando Luiz Ribeiro de Freitas Nery Alves
  • Co-autores
  • Isabela Iguatemy Forny , Samira Yukari Kamiyama , Thaianne Cavalcante Sérvio
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO:  A atenção básica à saúde (ABS) se configura como uma assistência à  saúde integral, resolutiva e contínua. Assim, a ABS visa promover o bem-estar em todas as fases da vida, em especial na terminalidade, cujo suporte biopsicossocial e espiritual se dá por meio dos Cuidados Paliativos (CP). OBJETIVO: Compreender como é a abordagem e o preparo, no âmbito dos CP na ABS, da equipe multidisciplinar para assegurar o atendimento domiciliar e integral aos pacientes em finitude, o apoio psicossocial à família e equipe de saúde, bem como o processo de luto. MÉTODO: Realizou-se estudo de revisão bibliográfica com base em artigos científicos indexados na base de dados Scientific Eletronic Library Online datados no período de 2012 a 2017, totalizando 4 artigos deste intervalo temporal. Aplicou-se os seguintes Descritores em Ciência e Saúde (DeCs) na pesquisa: Assistência domiciliar; Atenção Básica à Saúde; Cuidados Paliativos; Luto. Após a leitura global dos artigos, realizou-se a discussão e identificação da questão norteadora deste trabalho através da estratégia Paciente, Intervenção, Comparação e “Outcomes” (PICO). Desse modo, prosseguiu-se a elaboração do texto. RESULTADO: Os CP promovem qualidade de vida e alívio do sofrimento em pacientes e familiares que enfrentam a finitude. Dessa forma, a ABS é o melhor nível de assistência aos CP, pois tem um maior vínculo socioemocional entre os profissionais da saúde e o paciente, o que possibilita um cuidado mais humanizado e seu tratamento domiciliar, sempre que possível. Entretanto, no Brasil, ao identificar a impossibilidade de cura, o paciente deixa de receber atendimento adequado na ABS, pois há falta de recursos nos locais que não possuem Núcleos de Apoio às Famílias (NASF) implementados, falta de formação dos profissionais em CP e seus fármacos e a sobrecarga de trabalho, o que impossibilita flexibilizar a agenda para o atendimento nos pacientes em terminalidade, bem como os familiares em processo de luto. CONCLUSÃO: Portanto, apesar de um dos princípios do SUS ser a integralidade, o paciente em finitude não tem esse direito assegurado na ABS. Todavia, o estudo evidenciou que a qualificação das equipes de saúde e implementação das NASF em todo território são as soluções para resolver o problema dos CP na ABS.

  • Palavras-chave
  • Assistência domiciliar, Atenção Básica à Saúde, Cuidados Paliativos, Luto
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