INTRODUÇÃO: O Sars-CoV-2 é um vírus de RNA que se tornou um problema de saúde mundial. A infecção grave é explicada parcialmente pela Síndrome de Liberação de Citocinas (SLC). Portanto, anticorpos monoclonais (AcM) podem ser utilizados na terapia de pacientes graves de Corona Virus Disease-19 (COVID-19). OBJETIVO: Avaliar a eficácia do uso de anticorpos monoclonais como tratamento dos casos graves de COVID-19. MÉTODO: Realizou-se uma revisão de literatura em trabalhos coletados no PubMed, usando operadores booleanos para associar os descritores ‘’Antibodies, Monoclonal’’, ‘’COVID-19’’, ‘’Drug Therapy’’ e ''Cytokine Release Syndrome’’ em conformidade com os Descritores em Ciências da Saúde. Na busca feita no dia 28 de abril, utilizou-se apenas trabalhos publicados nos últimos 5 anos em língua inglesa, ensaios clínicos, além de análises e testes controlados e randomizados. Foram obtidos 51 artigos, sendo selecionados 17 trabalhos de acordo com os seguintes critérios de exclusão: AcM neutralizantes, pacientes em estado leve e moderado, não hospitalizados e abordagem terapêutica não relacionada com AcM. RESULTADOS: Muitos pacientes com quadros graves de COVID-19 apresentam produção excessiva de citocinas inflamatórias (IL-6, IFN-gama e TNF-?lfa). Uma das alternativas para mitigar os efeitos da SLC é o uso de AcM, que atuam como inibidores competitivos da via de sinalização associada a estas citocinas. A maioria dos estudos avaliados apontam efeitos positivos no uso de AcM nesses pacientes. Foram citados menor mortalidade e tempo para melhora clínica, redução da necessidade de ventilação mecânica e restauração significativa dos parâmetros laboratoriais e de imagem. Entretanto, alguns trabalhos divergiram em relação aos benefícios citados e relataram, inclusive, alguns efeitos adversos. Por fim, ressalta-se que a eficácia do tratamento com AcM varia de acordo com o quadro clínico do paciente. CONCLUSÃO: O uso de AcM vem se mostrando promissor no tratamento de pacientes graves com COVID-19, porém os resultados heterogêneos observados até o momento evidenciam a necessidade de estudos com metodologias mais robustas para determinar de fato seus benefícios, especialmente em pacientes acometidos por SLC.