INTRODUÇÃO:
O carcinoma hepatocelular (CHC) é uma neoplasia maligna que acomete a unidade funcional do fígado, o hepatócito. Atualmente, o CHC figura como o terceiro câncer em mortalidade e como o sexto em incidência, globalmente. Seu principal fator de risco é a doença hepática crônica.
OBJETIVO:
Levantar e analisar os dados referentes à incidência do CHC no estado da Paraíba, entre os anos de 2006 e 2016.
MÉTODO:
O presente estudo é transversal, retrospectivo e descritivo. Os dados utilizados foram retirados do Registro de Câncer de Base Populacional, disponível no site do Instituto Nacional de Câncer (INCA). As variáveis observadas foram: faixa etária, ano, sexo, e método diagnóstico utilizado.
RESULTADOS:
Foram registrados 31 casos de CHC na Paraíba, sendo 2016 o ano de maior incidência, com 9 novos casos. O total de casos do estado, entre 2006 e 2016, correspondeu a 0,49% da incidência nacional, que consistiu em 6255 casos. O sexo masculino teve a maior incidência, com 22 casos (70,96%). No que tange à idade, a faixa etária mais acometida foi a sétima década de vida, com 13 casos. Já em relação ao método diagnóstico, a maior detecção se deu somente pela declaração de óbito (SDO), com 13 casos (41.93%), seguido por histologia do tumor primário, com 10 casos (32,25%). Há uma divergência significativa das estatísticas nacionais, nas quais o diagnóstico se deu por histologia do tumor primário em 69,78% dos casos, com o SDO sendo responsável por apenas 20,83% dos diagnósticos.
CONCLUSÃO:
A predominância do SDO como método diagnóstico, junto à divergência desse resultado com a média nacional, indica subdiagnóstico do CHC na Paraíba, sendo necessário reforçar as condutas de rastreio no estado. A idade e o sexo mais acometidos foram concordantes com a literatura e com a média nacional.
Palavras-chave:
Neoplasias. Carcinoma hepatocelular. Epidemiologia.
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