INTRODUÇÃO: A dexmedetomidina é um agonista dos receptores ?-adrenérgicos altamente seletivo que usada como um adjuvante aos anestésicos locais prolonga a duração da anestesia. A sua associação com a ropivacaína tem se mostrado superior ao uso da ropivacaína isolada, principalmente no intra e pós-operatório. OBJETIVO: Realizar uma revisão bibliográfica a fim de comprovar a maior eficácia do uso de ropivacaina associado a dexmedetomidina em comparação com os resultados obtidos no uso da ropivacaína isolada. Ainda nesse contexto, pretende-se expor os benefícios dessa associação no intra e pós-operatório. MÉTODO: O presente estudo é do tipo observacional, analítico e transversal. Foram revisados estudos indexados em uma janela temporal de cinco anos, entre o período de 2016 a 2021, na base de dados PubMed, que utilizavam os descritores (DeCS/MeSH) de busca ‘‘dexmedetomidina and ropivacaina”, incluindo-se apenas os textos em língua inglesa. Essa pesquisa encontrou 28 artigos, todavia, para a confecção dessa revisão apenas 5 foram selecionados. RESULTADO: Em todas as pesquisas selecionadas confirma-se a predominância da eficiência da associação da ropivacaína com a dexmedetodina ante ao uso isolado da ropivacaína. O tempo para o início do bloqueio dos nervos sensorial e motor foi menor no grupo de combinação do que no grupo de controle (8,9 min vs. 12,4 min para bloqueio de sensação; 7,5 min vs. 12,8 min para bloqueio motor, P <0,05 para ambas comparações), e a duração do bloqueio foi maior no grupo de combinação (590,2 min vs. 532,1 min, P <0,05). A SPO 2 foi maior no grupo de combinação do que no grupo de controle (78 vs. 84 para PAM; 72 vs. 79 para HR; e 95,1 vs. 88,2 para SPO 2, P <0,05 para todas as comparações). As taxas de reação adversa foram menores no grupo de combinação do que no grupo de controle (3,6 vs. 7,2, P <0,05). CONCLUSÃO: Diante do exposto, estudos preconizam que a combinação da ropivacaína com a DEX é superior quanto o efeito bloqueador e mais segura, comedindo o estresse intra e pós-operatório. Essa informação é de grande relevância médica, pois permite um melhor manejo de pacientes submetidos a cirurgias.
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