INTRODUÇÃO: o esôfago de Barrett (EB) é uma condição adquirida, caracterizada pela troca do epitélio escamoso normal do esôfago por epitélio colunar intestinal. Em geral, ocorre em pacientes com refluxo gastroesofágico crônico. A importância biológica do EB é o risco de desenvolvimento para adenocarcinoma. OBJETIVO: analisar a importância do diagnóstico precoce do esôfago de Barrett na redução dos casos de adenocarcinoma esofágico (ADE). MÉTODO: trata-se de uma revisão integrativa de estudos, coletados nas bases: MEDLINE, ScienceDirect e LILACS; utilizando os descritores: ‘’Adenocarcinoma’’, ‘’Barrett Esophagus’’, ‘’Diagnosis’’, ‘’Epithelium’’, ‘’Gastroesophageal Reflux’’ e ‘’Metaplasia’’. Foram incluídos estudos no idioma inglês, português e espanhol, disponíveis na íntegra, realizados entre 2011 e 2020. Literaturas destoantes da temática abordada e com repetição entre as plataformas foram excluídos. Após a realização dos processos metodológicos de identificação, triagem e elegibilidade dos estudos, pôde-se estratificar e reunir as principais informações sobre o diagnóstico de EB associado ao ADE. RESULTADOS: é notório que a metaplasia do EB pode resultar em displasia, tornando-se uma condição precursora de ADE. A fim de evitar essa condição, é necessário a detecção precoce, a qual é realizada, em geral, endoscopicamente, pela identificação de mucosa glandular no esôfago acima da junção esofagogástrica. Posteriormente, deve ser realizado o anatomopatológico para definir o diagnóstico e rastrear a displasia. No entanto, a presença de disfagia, odinofagia, desconforto retroesternal e anorexia sugerem a transformação para ADE. Os exames complementares utilizados para este diagnóstico são mais complexos e incluem a ressonância magnética e a radiografia com duplo contraste. Para estes pacientes, a dilatação endoscópica seriada e a colocação cirúrgica de gastrostomia ou jejunostomia são recomendadas. CONCLUSÃO: dessa forma, o presente estudo permite concluir que o EB é uma condição predisponente para o ADE, e, para que o paciente não evolua de forma negativa, é necessário a triagem correta do EB, seguida da vigilância endoscópica, assim, permitindo um melhor prognóstico.
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