Introdução: A fenda orofacial é uma malformação muito comum que atinge uma epidemiologia de 1 a cada 700 nascidos vivos. Ela possui uma etiologia multifatorial que acomete o palato duro e mole e o lábio superior, sendo necessário o reparo cirúrgico e ortodôntico.
Objetivo: O presente estudo objetiva expor a fisiologia do lábio leporino, na literatura médica nos últimos 5 anos.
Método: Trata-se de uma revisão integrativa feita pelas bases de dados BVS e Pubmed. Foi utilizado como critério de inclusão: texto completo grátis; ensaios clínicos, meta-análises, testes controlados e aleatórios e análises. Como critério de exclusão utilizamos os textos incompletos, capítulos de livros, dissertações de mestrados e doutorados e assuntos que interagiam com outras temáticas. Utilizaram-se os descritores: fenda labial e fisiologia em português, inglês e espanhol.
Resultados: Foram encontrados 45 artigos com tais descritores e selecionados 5 dentre esses. Dentre os artigos percebe-se o escasso estudo quanto a fisiologia em si da fenda orofacial. Os estudos analisados se baseiam nas principais vias de sinalização, como Shh, Tgf-?, Fgf, e Wnt que estão envolvidos no crescimento do palato pela interação mesenquimal. Dessa forma, uma falha em algum desses sinalizadores resultaria em uma diminuição da proliferação mesenquimal do palato, o que levaria a fenda orofacial. Além disso outros fatores genéticos como a mutação no interferon 6 (IRF6), localizado no cromossomo 1q32.2, está associada a essa falha palatina.
Conclusão: Percebe-se a necessidade de que mais pesquisas sejam feitas sobre a fisiologia do assunto tratado em prol da melhora desses pacientes que sofrem diversos pesares, como a dificuldade na fala e na comunicação, o atraso no desenvolvimento, a baixa qualidade de vida e autoconfiança.
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