INTRODUÇÃO:
Endometriose é uma condição ginecológica descrita como crescimento de tecido endometrial em regiões extrauterinas. A prevalência em idade fértil é de 10%. A capacitação da equipe multiprofissional influencia o tempo de diagnóstico e, atrelado a outros fatores, a qualidade de vida da paciente.
OBJETIVO:
Analisar o impacto da endometriose na qualidade de vida da paciente e os fatores que interferem no acolhimento e promoção do cuidado integral.
MÉTODO:
Trata-se de uma revisão integrativa, em que se aplicou os descritores “Endometriose”, “Qualidade de vida”, “Diagnóstico”, “Endometriosis”, “Quality of Life” nas bases de dados Scielo, PubMed e Lilacs. Foram analisados 125 resumos, com os critérios de inclusão: idioma (português e inglês), tipo de estudo, abordagem temática e período de publicação de 2011 a 2021, sendo, por fim, selecionados 20 artigos.
RESULTADOS:
O quadro sintomatológico da endometriose é marcado por queixas de dispareunia, dismenorreia e dor pélvica crônica. A correspondente situação é acompanhada de intervenções cirúrgicas e medicamentosas que, somado aos problemas no âmbito físico, como a dor, geram impacto no espectro psicossocial, sendo que a depressão, ansiedade e alterações de humor são encontrados em 60% das mulheres, cenário esse que interfere diretamente na relação familiar, conjugal e profissional. A negligência dos profissionais em relação as queixas da paciente e a equipe multiprofissional insuficiente, prolonga o tempo de diagnóstico e é fator de agravo do sofrimento psicoemocional. Essa conjuntura é influenciada pela construção social que não valoriza a dor da mulher e impõe expressões arcaicas e machistas.
CONCLUSÃO:
A endometriose gera impacto no biopsicossocial da paciente, resultando na redução da qualidade de vida. É fundamental que a equipe multiprofissional seja capacitada para lidar com os diferentes espectros do indivíduo, acolher e promover o cuidado holístico, muito além dos preceitos sociais.
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