Manejo de Paciente Pediátrico com Comunicação Interatrial: Um Relato de Caso
INTRODUÇÃO:
A comunicação interatrial (CIA) é a segunda cardiopatia congênita mais incidente, correspondendo a 10% dos defeitos congênitos em neonatos. Consiste em qualquer malformação nos limites do septo interatrial que permita desvio de sangue entre as câmaras atriais, particularmente naqueles com tamanho superior a 3-4 mm. A doença se manifesta com um shunt esquerdo-direito, frequentemente assintomática e de difícil diagnóstico na infância, apresentando repercussões tardias.
RELATO DE CASO:
G. L. M., sexo masculino, 13 anos, residente em Belo Horizonte. Diagnosticado com CIA aos 7 meses ao investigar a etiologia de um sopro diastólico em foco tricúspide. Em exame de ecocardiograma, aos 3 anos de idade, constatou-se três fenestrações na porção central do septo, medindo 4,0mm; 3,0mm e 4,5mm, e dilatações nas cavidades direitas e artéria pulmonar. Por não apresentar repercussões à saúde, a conduta foi acompanhar e esperar o fechamento das fenestrações. No acompanhamento aos 5 anos, as repercussões hemodinâmica persistiram, apenas uma das fenestrações fechou e as outras duas aumentaram de tamanho (5mm e 6,7mm). Diante disso, no mesmo ano, foi submetido à colocação de prótese amplatzer, sem complicações. Em ecocardiograma aproximadamente seis meses após a cirurgia, constatou-se que a prótese estava bem posicionada, aparentando um pequeno shunt residual, mas suas câmaras cardíacas direitas estavam com dimensões normais e artéria pulmonar levemente dilatada. Paciente continua fazendo acompanhamento, mas assim como antes da cirurgia, não há limitações a suas atividades da vida diária, inclusive atividade física.
CONCLUSÃO: (máximo de 300 caracteres com espaço)
Apesar da CIA ser considerada uma cardiopatia congênita com poucas manifestações no paciente pediátrico, é extremamente importante que o paciente receba acompanhamento médico durante o seu desenvolvimento, uma vez que pode ser necessária intervenção cirúrgica a fim de evitar complicações na fase adulta.
Palavras-chave:
Cardiopatias Congênitas. Comunicação Interatrial.
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